28 de maio de 2021

20:05

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – Para comemorar os 13 anos de carreira, a banda amazonense Alaídenegão vai lançar neste domingo, 30, o show gravado no Centro Cultural dos Povos da Amazônia. O projeto foi gravado no dia 3 de dezembro de 2020 e será lançado nas plataformas de streaming, como Deezer, Spotify, Tidal, Apple Music, com apresentação no canal do Youtube do Cauxi Produções.

Segundo o guitarrista da banda, Rafael Angêlo, o projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, por meio do edital Conexões Culturais da Prefeitura de Manaus. Além disso, o guitarrista afirma que a gravação trouxe um novo formato de show, que foi o audiovisual.

“Nesse projeto fizemos uma interação com a exposição ‘Os filhos da nossa terra’ do artista Felipe Lettersten, e na grade colocamos músicas que trazem uma história, que foram as primeiras músicas do disco ‘Cantos da Beira’ e esperamos movimentar uma fonte com aproximadamente 30 profissionais”, destacou.

Rafael ressaltou ainda que o projeto contou com artistas que são pessoas que dividiram a caminhada musical junto com a banda. São ele: Clovis Rodrigues, Marcia Novo, Milton Cabocrioulo, Neuber Uchoa e Marcelo Nakamura. “Eles representam uma parte das parcerias que fizemos ao longo da trajetória da banda, com quem desenvolvemos trabalhos conjuntos, composições, gravações de discos, trabalhos paralelos como a banda do Cauxi Eletrizado”, ressaltou.

Divulgação

Com o lançamento no próximo domingo, 30, os integrantes da banda vão participar de um bate-papo no Instagram da banda, a partir das 17h, o qual irão apresentar o novo projeto, conversar um pouco mais com o público e oficializar o projeto nas plataformas digitais.

De acordo com o vocalista e guitarrista Davi Escobar, eles vão falar sobre o show, as curiosidades da galera, o repertório que representa a trajetória do grupo, a participação de convidados e responder perguntas do público.

“É uma forma de suprir a ausência física, mas de seguir próximo do nosso público neste momento de distanciamento social por conta da pandemia. As plataformas digitais mantêm essa aproximação para superar a fase em que estamos longe fisicamente”, afirma o cantor.

Trajetória

E com 13 anos de experiência, Rafael conta que esse processo ensinou que a cultura popular de Estado e da região são de uma imensa riqueza, e pela pesquisa e experiência em campo eles puderam aprender valorosas lições sobre a cultura popular e as diferentes relações sociais imbricadas a esta manifestação cultural. “Somos gratos a toda recepção positiva aos nossos trabalhos. Esse DVD é a nossa tentativa de retribuir a tudo que aprendemos e pudemos viver ao longo desses anos”, comemorou.

E como nem tudo são flores, o guitarrista contou à equipe da REVISTA CENARIUM que de todos os altos e baixos, dúvidas e incertezas, ele acredita que esse é um dos piores momentos em que vivemos, por conta da pandemia do novo coronavírus. “Estamos afastados dos palcos sem previsão de volta, graças ao projeto genocida do governo. O distanciamento social é necessário, mas infelizmente nos privou o contato com o público, um dos elementos mais importantes do nosso trabalho. Não temos condições financeiras de fazermos “lives”, pois as redes sociais não fornecem condições efetivas de financiamento. Em meio a essa angustia esperamos por dias melhores”, ressaltou.