Barreirinha é sétima cidade do AM a adotar ‘toque de recolher’ contra Covid-19

Falta de leitos e aumento dos casos da Covid-19 fez com que as prefeituras endurecessem medidas contra pandemia.(Reprodução/Internet)

12 de janeiro de 2021

15:01

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Prefeitura de Barreirinha (a 369 quilômetros de Manaus) se tornou a sétima gestão a adotar toque de recolher, instituído nesta segunda-feira, 11. Com isso, o município se junta a Itacoatiara, Parintins, Presidente Figueiredo, Barcelos, Alvarães e Iranduba, que também decretaram a mesmo medida contra o avanço pandemia no interior do Amazonas.

De acordo com o decreto municipal, as equipes de fiscalização terão o apoio das forças de segurança pública de Barreirinha para impor auxiliar no cumprimento da medida. O toque de recolher está em vigor por um prazo de 15 dias, restringindo a circulação de pessoas e veículos nas vias e locais públicos, entre os horários de 20 horas até 5 horas do dia seguinte.

O decreto ainda estabelece uma “flexibilização” para atender casos excepcionais, como necessidade de abastecimento alimentar, compra e entrega de medicamentos, ou até mesmo de emergência policial e médica. Além da realização de outros serviços e atividades consideradas essenciais.

Horários de funcionamento

A publicação também determina o horário de funcionamento das atividades comerciais essenciais ou não essenciais, das 7 horas da manhã até as 19 horas, pelo prazo de 15 dias corridos em regime presencial ou entrega em domicílio.

Estabelecimentos como postos de gasolina, farmácias e drogarias poderão permanecer abertos até as 20 horas, assim como o delivery de alimentos em restaurantes e lanchonetes que poderão ser feitos após o horário estabelecido.

Suspensões

A promoção de shows, eventos e festas em casas noturnas, bem como o funcionamento de bares, parques, balneários também estão suspensos. Igrejas e templos religiosos podem funcionar, desde que obedeçam a ocupação máxima de até 30%, com missas e cultos com até uma hora e meia de duração.

Quem descumprir as medidas estará sujeito a sanções administrativas e judiciais, como multa com pagamento de uma cesta básica no valor de R$ 100 reais para Pessoa Física; e para Pessoa Jurídica, o pagamento de três cestas básicas, cassação do alvará e licenças de funcionamento e lacração do estabelecimento.

Confira o decreto:

‘Cerco apertado’

O aumento de casos e internações por Covid-19 em todo o Estado foram as causas cruciais para que as prefeituras do interior do Amazonas apertassem o cerco e decretassem medidas mais endurecidas. Até essa segunda-feira, 11, a Fundação de Vigilância em Saúde registrou 216.112 casos da doença, sendo 5.756 o total de mortes.

Além disso, o Estado sofre com a falta de oxigênio, cuja alta demanda paras tem preocupado as empresas do segmento. Para o governador Wilson Lima (PSC), em entrevista coletiva nessa segunda-feira ao lado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o Amazonas enfrenta as consequências de aglomerações e festas clandestinas.