Criança de dois anos tem parte do couro cabeludo arrancado após ataque de cachorro no interior do Pará

David brincava na frente da casa quando foi atacado pelo cachorro (Divulgação)

15 de julho de 2021

19:07

Danilo Alves – Da Revista Cenarium

BELÉM (PA) – Um menino, de apenas dois anos, foi atacado por um cachorro Sem Raça Definida (SRD) , enquanto brincava na porta da casa, onde mora com os pais, no município de Santarém, interior do Pará. A criança teve parte do couro cabeludo arrancado pelo animal, conforme a Polícia Civil (PC) do município.

Os donos do cachorro são vizinhos do menino, que, de acordo com o setor de investigação da delegacia, foram autuados pelos crimes de lesão corporal culposa e omissão na guarda e cautela de animal perigoso.

A mãe da criança, a dona de casa Karina Paixão, 25, disse que lutou contra o cachorro para defender o filho e chegou a ser mordida, mas o animal foi mais rápido do que ela e conseguiu atacar David.

“Ele estava amarrado, porque a gente sabe que ele é agressivo, mas nunca iríamos pensar que algo acontecesse. No momento de descuido, ele se soltou e veio em nossa direção. O cachorro logo mordeu o David e eu fiz de tudo para tirá-lo daquela situação”, disse a mãe.  

Segundo testemunhas o cachorro estava preso, mas conseguiu se soltar e atacou quem estava pela rua. (Divulgação)

Karina ainda contou que o animal só soltou o menino após ser golpeado com um pedaço de madeira.  O tio da criança informou à Polícia Militar que David havia sido atacado, na ocasião, outras duas crianças estavam próximas. Ela acredita que a situação poderia ser pior.

“Os vizinhos se descuidaram, porque sabem que esse cachorro já tinha dado problema antes. Meu filho quase teve a cabeça arrancada, mas outras crianças poderiam ter morrido”, lamentou.

De acordo com a 16ª Delegacia da PC de Santarém, o inquérito foi instaurado e a equipe aguarda resultados das perícias que foram solicitadas ao Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves.

Em nota, o Hospital Municipal de Santarém informou que a criança está na estabilização pediátrica da unidade e apresenta quadro estável e que já foi solicitado um pedido de transferência para um hospital de alta complexidade.