30 de junho de 2021

16:06

Gisele Coutinho – Da Revista Cenarium

MANAUS – A demanda por imóveis em Manaus se mantém estável apesar do aumento no Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM). O reajuste de 0,60% foi divulgado nessa terça-feira, 29, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sendo aplicado na renovação de contratos pelo segundo mês seguido após o avanço de 4,10%, no mês de maio.

Segundo profissionais do mercado imobiliário, como o engenheiro civil, Adnamar Cezario, apesar do reajuste, o preço do aluguel em Manaus não apresentou aumento real. “Não pude aumentar conforme o índice do governo. Tive que usar o bom senso e reduzir o percentual de aumento, porém, a procura nesse período ficou maior”, declarou o engenheiro.

A dona de casa Josafá Matos, moradora do bairro Flores, zona Centro-Sul de Manaus há dois anos, constata que mesmo durante a pandemia, período em os preços dos alimentos, roupas, gasolina, estão tão altos, o aluguel não aumentou. “Para mim é um alívio o preço não ter aumentado, como não tenho uma renda fixa, cada valor a mais que aparece no mês já faz toda a diferença”, ressaltou.

Aumento da demanda

Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis dos Estados do Amazonas e Roraima (Creci), Paulo Carvalho, apesar do aumento do IGP-M, o mercado de locação continua sempre aquecido. “Hoje o cliente consegue morar em lugar bom, pagando um preço razoável”, ressaltou.

Ele explica que com o aumento dos valores nesse segmento, o locador e locatário podem ajustar negociações para ambas as partes. “Se você tem um bom pagador, não tem o porquê fazer um reajuste nos valores, tudo é questão de conversa”, ressalta.

O presidente do Creci diz ainda que mesmo com a pandemia o mercado imobiliário não parou e as vendas e locações continuam em movimento. “Acredito que com a pandemia as pessoas viram que tinham uma necessidade de se mudar ou ir para um imóvel maior ou menor, apartamento ou casa, a demanda continua grande”, finalizou.

Aluguéis no Amazonas

Segundo o último senso divulgado pelo IBGE em 2019, o Amazonas possui cerca de 1,1 milhão de domicílios particulares permanentes, 755 mil na Região Metropolitana de Manaus e 657 mil no município de Manaus. Desse total, 74,1% (815 mil) são já pagos, 2,3 % (25 mil) são próprios, 14,5% (160 mil) alugados e 8,9% (98 mil) eram cedidos e aqueles em outra condição, como por exemplo, nos casos de invasão totalizavam 0,2% (2 mil).

Do total de domicílios particulares permanentes na Região Metropolitana de Manaus (755 mil), 67,7% (511 mil)  são próprios já pagos, 3,0% (23 mil) eram próprios, mas ainda pagando, 18,7% (141 mil) eram alugados, 10,5% (79 mil) eram cedidos e aqueles em outra condição, como por exemplo, nos casos de invasão totalizavam 0,1% (1 mil).

Do total de domicílios particulares permanentes na cidade de Manaus (657 mil), 65,9% (433 mil) eram próprios já pagos, 3,5% (23 mil) eram próprios, mas ainda pagando, 20,1% (132 mil) eram alugados, 10,4% (68 mil) eram cedidos e aqueles em outra condição, como por exemplo, nos casos de invasão totalizavam 0,1% (1 mil).