Documentário faz homenagem a Luiza Bairros, uma das ativistas negras referência do Brasil

A obra é uma realização do maior acervo de cultura negra da América Latina- Cultne (Reprodução/Aquiles Lins)

27 de março de 2021

08:03

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS- A Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras vai lançar um documentário sobre a história da socióloga, pensadora e militante negra, Luiza Bairros. O lançamento será dia 27 de março, data de aniversário da socióloga homenageada com transmissão pelo YouTube e Facebook às 19h30.

O documentário intitulado de “Tributo a Luiza Bairros” faz parte da grade #MarçodeLutas, que tem como foco ressaltar o protagonismo de mulheres negras, reafirmando a resistência. A realização é do maior acervo de cultura negra da América Latina- Cultne.

A obra vai abordar discursos e momentos marcantes das ativistas como sua participação no primeiro Encontro Nacional de Mulheres Negras, em 1988, na cidade de Valença na Bahia e a seu discurso como então ministra de Estado na III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, em novembro de 2013.

Seu legado na luta ao combate da discriminação racial, intolerância e pautas sexistas (Reprodução/Internet)

Luiza Bairros

Luiza Helena de Bairros nasceu em março de 1953, na cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, filha de militar e uma dona de casa. Luiza se formou em administração pela Universidade Federal do mesmo Estado em que nasceu.

Ao longo dos anos, Luiza Barros foi enveredando para a militância das causas negras. Ela militou junto ao Movimento Negro e da luta das Mulheres Negras. Nos mais de 40 anos atuando em causas raciais e contra o sexismo no País, Luiza viajou, palestrou e foi inspiração para muitos movimentos negros no Brasil.

A ativista atuou no Movimento Negro Unificado (MNU) da Bahia. Foi ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil no ano de 2011 até 2014. Criou o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), para a prática de políticas públicas à população negra igualdade de oportunidades e combate à discriminação e à intolerância.

Luiza Bairros morreu aos 63 anos em sua cidade natal, em 2016, deixando seu legado na luta ao combate da discriminação racial, intolerância e pautas sexistas.