Após reabertura do comércio, dois municípios do AM prorrogam lockdown por mais 10 dias

(Divulgação/Prefeitura de Itapiranga)

01 de junho de 2020

15:06

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Os municípios de Itapiranga e São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas, a 311 e 853 quilômetros de Manaus, respectivamente, prorrogaram os decretos de lockdown até o dia por mais 10 dias. A medida foi publicada nesta segunda-feira, 1º, no Diário Oficial dos Municípios (DOM).

O lockdown, que significa o fechamento, trancamento total, visa combater a disseminação da pandemia do novo Coronavírus, doença que causa a Covid-19, de uma forma rígida, proibindo a circulação de pessoas em horários pré-estabelecidos pelas prefeituras.

No Amazonas, além Itapiranga e São Gabriel da Cachoeira, os municípios de Tefé, Silves, Barreirinha, Urucará, Novo Airão e Alvarães também já decretaram a restrição.

Em Itapiranga, a medida iniciou até no último dia 19 de maio e foi prorrogada na sexta-feira, 29, com validade até o dia 7 de junho. Segundo o novo decreto, o horário de funcionamento do comércio passa a ser das 6h até às 18h, após esse horário, ficam suspensas a circulação de pessoas, sendo permitido, somente, os serviços de delivery e órgãos de competência em cumprimento com o documento.

Em São Gabriel da Cachoeira, município com maior número de indígenas no Amazonas, com cerca de 90% do total da população, a prefeitura prorrogou o lockdown pela segunda vez.

A medida já havia sido prorrogada no último dia 20 de maio. O novo decreto foi publicado na edição desta segunda-feira, 1º, no DOM. Segundo o documento, a circulação de pessoas nas vias públicas, estabelecimentos comerciais, instituições bancárias e lotéricas, ficam suspensas das 15h às 6h do dia seguinte.

Os casos de Covid-19 no município, que chegaram a 1.808 nesse domingo, sendo 21 óbitos, acendem o alerta de autoridades locais e de representantes indígenas. Para a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro e a Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas, em nota divulgada à imprensa, os povos indígenas de São Gabriel da Cachoeira estão entre os grupos mais vulneráreis à pandemia no mundo e, principalmente, suscetíveis à transmissão comunitária, pelo fato de viverem na zona urbana.