02 de setembro de 2024
22:09
Camila Pinheiro – Da Cenarium
PORTO VELHO (RO) – A seca extrema que atinge a região amazônica tem causado sérios problemas para as comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Madeira. Com o nível do rio atingindo os menores índices em quase 60 anos nos meses de julho e agosto, os moradores têm enfrentado um grande desafio: a escassez de água potável. Com a estiagem, muitos poços secaram deixando as famílias sem acesso a fontes de água limpa.
Em algumas comunidades, os moradores precisam percorrer mais de uma hora de barco para encontrar água potável. A seca também afeta a pesca, uma das principais fontes de alimentação e renda das comunidades. Com o nível do rio tão baixo, os peixes estão desaparecendo, o que agrava a situação de insegurança alimentar na região. A agricultura local também sofre com a estiagem severa, que resulta em colheitas insuficientes.
Com a navegação comprometida, a Marinha do Brasil disponibilizou para a comunidade marítima e fluviária da região os dados atualizados da sondagem realizada pelo Aviso Hidroceanográfico (AvHoFlu) ‘Rio Solimões’ em trechos críticos do Rio Madeira. A navegação noturna na região está suspensa desde meados de julho.
Ação das Autoridades
Nesta segunda-feira, 2, a Prefeitura de Porto Velho decretou situação de emergência ambiental em razão do cenário de extrema seca e dos riscos de desastre com a afetação na navegação e transporte de produtos pelo rio Madeira. A Defesa Civil local tem distribuído água nas comunidades ribeirinhas.
Além disso, há um esforço para perfurar novos poços, mas há dificuldades devido à distância, à navegação comprometida e também de acesso terrestre aos distritos. As ações envolvem as demais secretarias municipais e também estão concentradas na execução de atividades e ações de socorro, bem como assistência às comunidades atingidas pelos efeitos da seca.
Veja a integra do decreto: