Empresariado amazonense avalia negativamente silêncio de Bolsonaro sobre Zona Franca

Líderes do setor produtivo esperavam uma manifestação de Bolsonaro em apoio às indústrias e à economia do Estado (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

26 de abril de 2021

10:04

Via Brasília

ZFM fora da agenda

Fora o despropósito da entrega do Título de Cidadão Amazonense a Jair Bolsonaro (sem partido) e do balão de ensaio da candidatura ao governo do ex-ministro Eduardo Pazuello, a vinda da comitiva presidencial ao Amazonas provocou ao menos mais um mal-estar.

Repercutiu negativamente entre o empresariado a vinda de Bolsonaro sem que ele tivesse feito qualquer comentário sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM). Uma importante liderança empresarial do Polo Industrial disse que o silêncio foi um sinal negativo, ainda mais quando se tem a discussão de uma Reforma Tributária no Congresso. Essa fonte sustenta que os líderes do setor produtivo esperavam uma manifestação em apoio às indústrias e à economia do Estado.

Reforma Tributária avança

Numa tentativa de “virada de página” após a sanção do Orçamento de 2021, o presidente Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), surpreendeu até aliados com o anúncio de que até o dia 3 de maio haverá a apresentação de um relatório preliminar para iniciar a apreciação da Reforma Tributária. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da PEC, segue em silêncio e, há quase um ano, deve à Casa o relatório sobre a PEC 45.

O assunto pegou de calças curtas os líderes que, pela complexidade do assunto, enxergavam um horizonte mais distante para análise da reforma tributária. Para aliados de Lira, ao impor prazo de apresentação de um texto inicial, o presidente da Câmara intencionou pressionar Ribeiro. O que Lira deseja mesmo é que esta reforma inicie tendo como texto-base a PEC-110, do Senado, melhor para a maioria dos Estados e ao Amazonas, porque não veda a concessão de subsídios tributários.