Funai é notificada pelo MPF por deixar de prestar serviços à comunidade Kokama no Amazonas

Indígena Kokama carrega filho no colo em Manaus. Povo denuncia que Funai não tem prestado serviços essenciais à comunidade no bairro Grande Vitória (Ricardo Oliveira/ Revista Cenarium)

07 de dezembro de 2020

11:12

Gabriel Abreu

MANAUS – O procurador federal Fernando Merloto Soave abriu um inquérito civil para apurar os serviços prestados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) à comunidade Kokama, no bairro Grande Vitória, Zona Leste de Manaus. As investigações acontecem após a solicitação da Federação Indígena do povo Kukami-kukamiria e da Organização Geral dos Caciques das Comunidades Indígenas do Povo Kokama.

A abertura do inquérito civil foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira, 7, que expediu ainda à Federação Indígena do povo Kukami-kukamiria e a Organização Geral dos Caciques das Comunidades Indígenas do Povo Kokama, que se manifestem com esclarecimentos sobre há deficiência nos serviços prestados pela Funai Manaus.

No ofício, o procurador Fernando Merloto dá um prazo de 15 dias, para que a Funai informe sobre os serviços prestados à comunidade Kokama, no Grande Vitória.

O líder da comunidade no Grande Vitória, Francisco Kokama, informou à REVISTA CENARIUM que a Funai não presta nenhum apoio aos indígenas. “Neste momento não está sendo dado nenhum tipo de apoio ou algum tipo de assistência aos índios Kokama na cidade, a comunidade hoje tem 45 família vindas dos municípios de tabatinga, Bejamim Constam, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antonio do Iça, Tonantins e outros municípios que não recebe nenhum serviço da Funai”, disse Francisco.

A reportagem procurou a Funai para comentar a abertura do inquérito civil pelo MPF, mas até a publicação não obtive retorno.

Confira na íntegra o pedido: