‘Ministério fica em Manaus o tempo que for necessário’, afirma secretária de Saúde do governo Bolsonaro

Segundo a secretária Mayra Pinheiro, uma das estratégias do governo federal é adotar um "protocolo clínico rápido" para que os diagnósticos sejam mais rapidamente obtidos (Reprodução)

04 de janeiro de 2021

13:01

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – A secretária da Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou nesta segunda-feira, 4, em Manaus, que a pasta do governo Bolsonaro permanecerá na capital o tempo que for necessário para alinhar ações de enfrentamento ao novo Coronavírus, cujos números vêm aumento no Amazonas.

Durante pronunciamento à imprensa, em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, a representante do Ministério da Saúde disse que a pasta tem buscado, em um prazo curto, desenvolver todas as ações que forem necessárias para que não faltem equipamentos e profissionais de saúde para o tratamento de pacientes com Covid-19 no Estado.

“O Ministério da Saúde ficará aqui quanto tempo for necessário para que não falte assistência, somada aos esforços que o senhor [governador Wilson Lima], que a prefeitura já vêm fazendo para bem atender a população do Estado do Amazonas”, afirmou Mayra Pinheiro, ao governador do Amazonas.

Estratégia de contingência

Na manhã desta segunda-feira, 4, o governador Wilson Lima (PSC), uma comitiva do Ministério da Saúde (MS) e o prefeito de Manaus, David Almeida, estiveram reunidos para alinhar ações de fortalecimento ao enfrentamento ao novo Coronavírus.

Na ocasião, o Governo do Amazonas apresentou as ações inseridas no Plano de Contingência de enfrentamento à Covid-19, que devem ser discutidas com a equipe do Governo Federal para adoção de novas estratégias de combate à doença.

Segundo a secretária Mayra Pinheiro, uma das estratégias do governo federal é adotar um “protocolo clínico rápido” para que os diagnósticos sejam mais rapidamente obtidos e, dessa forma, os médicos da atenção primária tomam as medidas necessárias para evitar novas internações.

“A doutora Mayra está junto com toda a sua equipe percorrendo as unidades de saúde. Hoje estivemos cedo no Hospital Delphina Aziz e assim ela vai fazer com equipes em todos os hospitais que são referência para o atendimento à Covid”, infirmou Wilson Lima.

Sobre a reinstalação dos hospitais de campanha, o governador salientou abertura de 613 leitos ao longo de todo o período da pandemia no Amazonas. “Quantos leitos tem um hospital de campanha? 300 leitos? Ou seja, só nesse período, abrimos praticamente dois hospitais de campanha. Quanto tempo demoraria para abrir outro? Um mês, 45? De onde viriam os profissionais, porque hoje há uma escassez muito grande no mercado. Eu teria que tirar profissionais das unidades de saúde para colocar nesse hospital. Enfim, uma estrutura que já tem nos hospitais, onde nós estamos fazendo adaptações e sem gastar muito”, ponderou.

Fase Roxa

O Amazonas está na fase roxa na análise de risco para a Covid-19, segundo a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rosemary Costa Pinto. “Estamos num nível muito alto de risco. Portanto, saímos da fase vermelha e entramos na fase roxa. Tivemos um crescimento entre novembro e dezembro, de 120% no número de casos em Manaus, onde nós passamos de 1.573 casos para 3.452 casos, e um crescimento de 47% no número de casos do Estado, indo de 3.690 casos no início de novembro, para 5.431 no final de dezembro”, pontuou.

Segundo Rosemary, o Amazonas mantém uma média móvel de 700 casos da Covid-19, diariamente. Com relação aos óbitos, o Estado teve um crescimento nos últimos 14 dias, de 66% na média móvel de mortes pelo novo Coronavírus. “Passamos de 86 óbitos na penúltima semana para 99 óbitos na semana passada. Temos observado e registrado o aumento de busca por atendimento nas unidades de urgência e emergência e unidades hospitalares na rede pública”, observou.

De acordo com a diretora-presidente da FVS-AM, toda a rede privada de saúde registra 100% de ocupação em seus leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensivas (UTIs). “Isso leva uma pressão adicional sobre o sistema público, uma vez que esses pacientes que não estão tendo acesso na rede privada, precisam ser atendidos na rede pública”, pontuou.

Confira live na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=uOscNfgHHfc