27 de julho de 2021
21:07
Cassandra Castro – Da Cenarium
BRASÍLIA (DF) – A polêmica gerada pela aprovação do Fundo eleitoral que salta de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões vai precisar ser explicada ao Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação é da ministra Rosa Weber que se encontra no exercício da presidência do STF até o fim de julho.
Rosa Weber deu um prazo de 10 dias para que a Mesa Diretora do Congresso Nacional e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviem informações a respeito da ampliação desses recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.
Desde que foi aprovado, o novo valor destinado ao Fundão tem sido contestado por parlamentares e esteve no centro das discussões. Parlamentares como o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), usaram as redes sociais na semana passada para cobrar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) um posicionamento claro de sanção ou veto ao Fundão.
Para o cientista político de Brasília, Tiago Monteiro Tavares, a aprovação do Fundão “pegou muito mal para a classe política como um todo. O aumento de recursos para financiar campanhas eleitorais pode deixar as pessoas ainda mais horrorizadas com este gasto com a política e a diminuição de recursos voltados para o combate à pandemia.
Nos Mandados de Segurança (MS) 38079 e 38082, parlamentares questionaram a medida, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 15. Os autos serão encaminhados ao relator, ministro Nunes Marques.