20 de setembro de 2021

19:09

Marcela Leiros – Da Cenarium

MANAUS – O Acre já registrou em setembro de 2021 mais focos ativos de calor do que no mesmo período do ano passado. Do dia 1º a domingo, 19, deste mês, o Estado registrou 2.699 pontos de queimadas identificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), contra 2.613 focos em 2020. O levantamento foi feito nesta segunda-feira, 20, e mostra o avanço do fogo na Amazônia, que tem batido recorde.

A diferença dos períodos é de 86 focos de calor. No comparativo dos dias do mês deste ano, a data em que o bioma amazônico mais pegou fogo no Acre ocorreu dia 4 de setembro, com 577 focos registrados pelo Inpe. Em 2020, foi o dia 8, com 503 focos. (Veja a tabela abaixo)

Na comparação dos três últimos setembros, a quantidade de queimadas no período ainda não ultrapassou 2019 ou 2020, mas é uma questão de tempo para que estes dez dias colaborem para superar os registros. Em setembro de 2019, foram 2.977 focos de calor e, no ano passado, foram 3.357, no intervalo de tempo de 1º ao dia 30.

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Recordes na Amazônia

Dados divulgados em 1º de setembro pelo sistema de monitoramento do Inpe mostraram que, em agosto, o fogo na Amazônia registrou o número alarmante de 28.060 focos de calor. Foi o terceiro maior índice para o mês desde 2010, perdendo apenas para 2019 e 2020.

A alta seguiu mesmo com o Decreto nº 10.735, que estava em vigor desde 29 de junho, que proibia o uso do fogo, portanto, todas as queimadas registradas em agosto eram ilegais.

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O Amazonas, pela primeira vez no mês de agosto desde 2000, concentrou o maior número de focos. Foram 8.588, 30% do total, seguido do Pará (28%) e de Rondônia (15%). Os números refletem a preocupante escalada do desmatamento na região do sul do Amazonas, que já vinha sendo identificada pelos sistemas de monitoramento.