PF e Ibama desarticulam esquema de exploração de madeira em Terra Indígena

Segundo os agentes, alguns indígenas estariam contribuindo com a prática criminosa, cobrando valores pela retirada das cargas. (Reprodução/Polícia Federal)

28 de agosto de 2021

12:08

Iury Lima – Da Cenarium

VILHENA (RO) – A Polícia Federal realizou, entre os dias a terça-feira, 24, e quinta-feira, 26, uma operação com objetivo de combater a exploração ilegal de madeira na Terra Indígena (TI) Roosevelt, localizada ao sul do Estado de Rondônia. O território tem 2,7 milhões de hectares e é habitado por cerca de 1.800 pessoas de dois povos: os Cinta Larga e os Apurinã. A operação foi divulgada na noite dessa sexta-feira, 27.

A ação denominada ‘Operação Pertinácia II’ contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e ocorreu durante 36 horas ininterruptas. Um homem foi preso enquanto transportava madeira. 

“Um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, enquanto transportava caminhão com toras de madeira”, informou a Polícia Federal, em nota. 

De acordo com a PF, esta operação, que já teve uma primeira fase, foi desencadeada depois que os agentes receberam a informação que madeireiros continuavam a extrair toras de árvores do território protegido e carregavam tudo em dezenas de caminhões.

A matéria-prima seguia para empresas madeireiras do município de Espigão D’Oeste, que fica próximo à TI, além da destinação para outras cidades. Ainda segundo os agentes, alguns indígenas estariam contribuindo com a prática criminosa, cobrando valores pela retirada das cargas.

Equipamentos foram inutilizados por agentes da PF e do Ibama. (Reprodução/Polícia Federal)

Serrarias, equipamentos e maquinários empregados no desmatamento foram inutilizados durante a ação de repressão ao crime, o que a PF classificou como “um prejuízo direto no patrimônio dos criminosos”.