Praia de Manaus fecha novamente após aumento de internações por Covid-19

Praia da Ponta Negra, em Manaus, no Amazonas, lotada exibe um verão incomum para um período pandêmico (Ricardo Oliveira/ Revista Cenarium)

18 de setembro de 2020

12:09

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, anunciou na manhã desta sexta-feira, 18, novas estratégias de combate à Covid-19. Entre as medidas decretadas, a prefeitura vai voltar a fechar a praia da Ponta Negra a partir deste fim de semana, após denúncias de aglomerações de banhistas.

O novo decreto também coloca Manaus em situação de emergência. A prefeitura alerta para o aumento em casos suspeitos do novo Coronavírus nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com a possibilidade de uma segunda onda da pandemia.

“Os registros recentes da Secretaria Municipal de Saúde vêm mostrando o aumento espontâneo dos casos da Covid-19 nas 11 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por isso, estamos hoje aumentando para 18 o número de unidades referências no combate à pandemia”, disse o prefeito Arthur, durante entrevista coletiva na manhã desta sexta.

De acordo com o gestor, a prefeitura vê que há um sinal de alerta claro para os casos da pandemia e destacou que a Ponta Negra precisava ser fechada para o bem da saúde e da vida.

“A gente precisa de maturidade, de coragem, de senso de responsabilidade para tomar as medidas”, declarou. “Essas festas em balneários, em praias, têm ajudado a aumentar os casos”, continuou.

Segundo Arthur Neto, a intenção é adotar medidas mais rigorosas, proibindo aglomeração em balneários e raves que, na opinião dele, estão sendo responsáveis pelo aumento nos casos da doença. “Gostaria de decretar a proibição dessas festas, mas tenho que ter certeza que contarei com o apoio do Estado”, comentou o prefeito.

Para a REVISTA CENARIUM, a assessoria da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) esclareceu esta semana que, apesar da substancial queda no número de casos, internações e óbitos no Estado até o fim de agosto, o Amazonas ainda permanece com circulação viral de Covid-19 na capital e no interior, ou seja, o Estado continua em pandemia.

Os indicadores monitorados pela FVS-AM apontam uma desaceleração na queda da média móvel de casos e um movimento de alta na média móvel de internações pela doença. Porém, no momento, não é possível afirmar que o Amazonas vive uma segunda onda de Covid-19.