Previsões 2022: búzios revelam um ano desafiador, de conflitos e perdão, aponta babalorixá

Para 2022, Pai Ronald também prevê desavenças políticas (Arte: Catarine Hak/CENARIUM)

02 de janeiro de 2022

15:01

Priscilla Peixoto e Gabriel Abreu – Da Cenarium

MANAUS — O início do ano simboliza, para a maioria, o ponto de partida para um novo ciclo. Planos, resgate de projetos esquecidos e engavetados, dietas, estudos, viagens e inúmeras expectativas para que os sonhos se concretizem e o ano seja, de fato, bom e próspero. A CENARIUM ouviu o pai de santo Ronald de Odé, também conhecido como Cigano, para saber o que os búzios mostram para 2022.

Ronald já começa afirmando que o ano será, mais uma vez, desafiador. No entanto, o importante é não perder a fé e, se necessário, liberar o perdão. “Neste ano quem vai reger é Odu Obará e é preciso liberar perdão. Será um período em que os inimigos vão se revelar antes de agredir e abalar diretamente, então é necessário ter atenção com as pessoas que ajudamos para não lhe ferir de alguma forma”, ressalta.

Além do conselho de autocuidado e proteção, Cigano conta que os búzios mostram na mensagem Oxalá apaziguando tempos de guerras e encaminhando pessoas para praticar a fé. “Trazendo a paz, Oxalá mostra sua força e avisa que vem muito atrito e abalos para a humanidade. Mas mostra aqui também que, com seu giro, Oxalá bate no chão e coloca uma posição de paz para acalmar as tribos e resgatando as pessoas para fé, seja ela qual for”, revela pai Ronald.

O babalorixá ressalta que Oxossi (orixá da floresta, caça, fartura e sustento) entra em cena em 2022 para auxiliar na prosperidade e ajudar quem sofreu no ano que se passou. O orixá, segundo Ronald Odé, mostra o caminho da colheita e vai atuar como um orientador para os que possuem mais condições abrirem os olhos para ajudar os necessitados.

Pai de santo Ronald de Odé, durante um jogo de búzios (Ricardo Oliveira/ CENARIUM)

Previsão para o Amazonas

Para o cenário político local, Cigano diz que os búzios prenunciam sérios conflitos e brigas que envolvem a degradação da Amazônia e falta de interesse do brasileiro frente à pauta essencial ao País.

“Governo em crise, há uma falta de comunicação entre secretários e governador e mais o Amazonas passando por mudanças, várias alterações climáticas, sustentabilidade e hídrica. Uma queda no interesse internacional sobre a Floresta Amazônica. Há um desinteresse da alta dos próprios brasileiros em proteger a fauna. Uma certa guerra, um certo conflito de garimpeiros, ativistas e indígenas, uma grande briga por terras, envolvendo até países vizinhos”, conta Ronald.

Além dos possíveis conflitos revelados pelos búzios, Ronald também usou as cartas para prevê as movimentações nas eleições de 2022. Segundo ele, o cenário também não será amistoso, no entanto, confirma a reeleição do atual governador do Amazonas, Wilson Lima, e novos nomes eleitos tanto na esfera estadual quanto federal.

“Possíveis atentados nas eleições para deputados, presidente, e o Exército nas ruas. Mostra também pessoas fardadas, infiltradas, causando certos atritos, conflitos e atentados contra pessoas que irão para a eleição. Nas cartas confirmam a reeleição do governador Wilson Lima, novos nomes na política do Amazonas, entre deputados federais e estaduais. Essa é a previsão do Amazonas no jogo de cartas”, revela Cigano.

Previsões para Manaus

Para a capital do Amazonas, o pai de santo prevê alto índice de desemprego, queda na economia, punições jurídicas e Manaus sendo o refúgio para muitos que procuram mudança de vida e um lugar de recomeço.

“Manaus passará por um novo alagamento, pessoas adoecendo por um vírus quase mortal. Alto índice de desemprego, empresários deixando a cidade por falta de incentivos, condições e segurança. Mostra aqui uma queda na economia na Prefeitura de Manaus. Atrito político, confusões, brigas dentro da Prefeitura de Manaus. Punições jurídicas”, compartilha o pai de santo, que complementa.

“Há pessoas novas entrando no meio político e essas obtendo vitórias como forma de renovação. Mostra aqui a questão de crescimento da população na cidade muito grande. Isso vai causar uma certa dificuldade no desenvolvimento, muita gente ao mesmo tempo vindo para Manaus, que eu digo: pessoas em busca de uma vida melhor e os que têm condições, que são os empresários, indo embora da cidade”, conta Ronald Cigano.