Semana tem Lula em Brasília e relatório da Reforma Tributária no Senado

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (Reprodução/Twitter)

03 de outubro de 2021

11:10

Via Brasília – Da Cenarium

Lula cá

O PT está finalizando a agenda do ex-presidente Lula pra esta semana em Brasília. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro busca um partido “para chamar de seu”, o líder nas pesquisas de intenção de voto costura alianças. Desta segunda-feira, 4, até a sexta-feira, 8, o petista estará na capital federal conversando com lideranças de partidos parceiros do PT e caciques de outras siglas, entre eles do MDB. O liberal Valdemar Costa Neto (PL) e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), presidentes dos respectivos partidos, não constam, oficialmente, na programação de Lula na capital federal.

Roteiro

O roteiro final da segunda rodada de conversas de Lula em Brasília – a primeira foi em maio – ainda está em fase de ajustes. Ausente no protesto desse sábado, 2, na Avenida Paulista contra o governo Bolsonaro, Lula teria reforçado aos companheiros, que participaram do ato, para irem além da defesa do impeachment do presidente da República. A ideia seria reforçar, nos discursos, a volta do desemprego e da miséria no País. De fato, a alta da inflação e o aumento significativo no custo de vida dos brasileiros, refletidos nos preços dos alimentos, energia e combustíveis, foram temáticas que embalaram a maioria das manifestações pelo País.

PEC 110

O relator da PEC 110 (Reforma Tributária), senador Roberto Rocha (PSDB-MA), pretende entregar seu texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta semana. A CCJ costuma se reunir às quartas-feiras. Uma vez apresentado o relatório, é certo que haverá pedido de vista coletivo, o que vai empurrar a apreciação da matéria por, no mínimo, mais uma semana. Como a próxima reunião cairá no dia 13, logo após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, não há certeza de que a matéria seja, de fato, discutida nessa data. Só orando muito à santa.

Crise hídrica ganha tempo

O governo ganha tempo na instalação da comissão temporária que irá acompanhar a crise hídrica. Enquanto o autor do pedido, Jean Paul Prates, cobra do presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a criação do colegiado, o comandante do Senado indica que não há previsão de quando a instalação sairá do papel. As indicações dos partidos estão quase todas completas, com algumas exceções como o PP. Assim, o governo evita mais um ferida aberta contra o Executivo, num momento em que a CPI da Covid ganha fôlego por conta das irregularidades da Prevent Senior.