‘Sou contra a vacina, mas quero viajar o mundo’, diz ex-atleta do vôlei Fernanda Venturini ao se imunizar

Ex-jogadora da Seleção Brasileira de vôlei disse em vídeo que tomou imunizante contra a Covid-19 para "viajar pelo mundo" e foi chamada de "sommelier de vacina" nas redes sociais (Foto: Reprodução/ Instagram)

28 de junho de 2021

14:06

MANAUS – No último domingo, 27, a ex-atleta do vôlei, Fernanda Venturini, de 50 anos, divulgou um vídeo no Instagram em que aparece sendo vacinada contra a Covid-19, em um posto de saúde na Vila Edith, na zona Sul de São Paulo. Ao aguardar a vez para receber o imunizante da Pfizer, ela dispara frases contrárias à medicação.

“Eu sou contra a vacina, mas, como eu quero viajar o mundo, eu vou tomar, vou tomar a Pfizer que eu acho a menos pior”, disparou a ex-atleta da seleção brasileira, que após a viralização do conteúdo, voltou atrás no posicionamento diante das críticas. Ela alega ter sido “mal-interpretada”.Reprodução/ Instagram

Venturini detalhou que o fato dela ter se vacinado não condiz com a figura antivacina construída sobre ela. Além disso, pediu “educação e respeito” em posição aos ataques recebidos. “Estou aqui para tirar um mal-entendido, porque eu fui muito mal-interpretada quando eu falei da vacina. Vocês acham que estou feliz com as mais de 500 mil mortes que o Brasil teve e os milhões de mortes pelo mundo? Vocês acham? Se eu fosse contra, não teria me vacinado”, disse.

“Hoje, eu tenho um programa de saúde no Youtube, o ’14 Minutos de Saúde’, que eu só falo da saúde. Então, eu espero que as pessoas tenham mais educação e respeito, porque fui xingada. É incrível como as pessoas se acham no ‘direito’ de entrar no seu Instagram para te xingar. Eu estou muito chateada com a repercussão que teve e, hoje, o que faço é promover saúde. Se eu magoei alguém, peço desculpa”, completou.

Histórico de transfobia

Em 2019, Fernanda Venturini concedeu entrevista ao UOL na qual se declarou fã de Jair Bolsonaro, elogiou algumas ações e não disfarçou o desprezo pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff ao fazer duras críticas ao PT. Na entrevista, Fernanda contou um caso em que deu a Bolsonaro um livro de presente, durante a campanha eleitoral de 2018. No entanto, o então candidato recusou.

“Eu levei um livro para ele, que é um livro famoso da Suécia, porque lá os governantes lavam a louça, fazem tudo. Aí ele falou: ‘Fernanda, você acha que eu vou ler? Não tenho tempo’. Eu falei: ‘Então me dá o livro de volta’. É muito sincero. É pá, pum, isso que é bom. Porque ele ia levar o livro, aí ia ficar o livro lá jogado e muita gente quer ler esse livro”, revelou.

Na mesma entrevista, Fernanda disse que não achava certo a jogadora transexual da Superliga Tifanny Abreu jogar em um time feminino. “Você vê a força que ela tem. Por mais que ela tenha tirado ‘o coiso’, mas os hormônios, a força dela perto de outras jogadoras… Acabou de jogar como homem”.