‘União pela Amazônia’ é carro-chefe do PSDB para eleições presidenciais de 2022

João Doria e Arthur Virgílio Neto durante coletiva de imprensa, em Manaus (Karla Vieira/Assessoria AVN)

11 de setembro de 2021

20:09

Suzy Figueiredo – Da Cenarium

MANAUS – Políticas públicas ambientais e socioeconômicas foram o “carro-chefe” da campanha dos pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022, governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente do PSDB no Amazonas, Arthur Virgílio Neto, durante apresentação de propostas realizada, neste sábado, 11, no Da Vinci Hotel & Conventions, localizado no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus.

Para Arthur Neto, a vinda de Doria representa o fortalecimento do partido e as prévias não podem ser vistas como uma disputa entre os candidatos da sigla. “Aquele que for vencedor nas prévias terá que ser apoiado por todos, nós iremos para a luta. O PSDB não é um partido igual aos outros, porque ele governou um País por oito anos com enormes consequências positivas no econômico e no social”, ponderou Neto.

“O PSDB é a partir de agora um partido de oposição ao governo Jair Bolsonaro”, declarou com ênfase Doria, dizendo se tratar de uma questão incontestável. “Quero fazer uma breve menção dos valores que me motivam a participar das prévias ao lado de Arthur Virgílio e do Tasso Jereissati e do Eduardo Leite. O único partido que faz prévias é o PSDB”, arguiu.

“Precisamos respeitar essa região”, diz João Doria, em referência à Amazônia (Karla Vieira/Assessoria AVN)

Críticas ao Governo Bolsonaro

Doria fez severas críticas ao Governo Bolsonaro relatando a ausência de políticas públicas ambientais em seu mandato. Para ele, que chegou a presenciar outras fases, hoje o meio ambiente passa por dificuldades com o abandono.

“Aquilo que me move a estar mais uma vez aqui no Estado do Amazonas, onde realizamos dois fóruns mundiais de meio ambiente. Vejam a diferença de um passado recente para um presente triste, onde o meio ambiente foi completamente abandonado por este governo Jair Bolsonaro. Uma tristeza. Não foi apenas a região Amazônica, foi o Brasil como um todo”, lamentou Doria.

“O PSDB não é um partido igual aos outros, porque ele governou um País por oito anos com enormes consequências positivas no econômico e no social”, disse Arthur Neto (Karla Vieira/Assessoria AVN)

O governador de São Paulo citou possíveis critérios que, na sua concepção, deveriam ser implementados à pasta de meio ambiente pelo presidente Bolsonaro. “O líder que deveria comandar o Brasil para defender o meio ambiente; criar responsabilidade ambiental, estabelecer critérios, obedecer critérios do carbono zero – Critérios para manter a floresta Amazônica de pé”, detalhou.

Em contrapartida, exaltou os valores da Floresta Amazônica e de tudo que é extraído dela como contribuição para a subsistência humana. “Floresta que de pé é mais útil, mais rentável que deitada porque protege a população ribeirinha; dá emprego e oportunidade para os caboclos. Porque dá alimento e proteção aos indígenas; porque permite também que a população urbana não apenas de Manaus, mas de outras cidades, tenha a sua subsistência. A floresta não é inimiga do homem, é amiga do homem”, explicou.

Investimento

Além da estabilidade ambiental para a Amazônia, Doria destacou alguns setores que precisam de mais investimento por parte do governo federal. O PSDB relacionou alguns desses compromissos com os Amazônidas: Geração de emprego e renda, oportunizando mais empregos para jovens; Investimento na educação ambiental procurando proporcionar condições financeiras às escolas públicas de ensino; Desenvolvimento Tecnológico e Pesquisas com a implementação de escolas técnicas; e reforçou o respeito aos territórios indígenas com a preservação ambiental. “Precisamos respeitar essa região”, finalizou Doria.