‘Vão sair algemados por colocar a vida da população em risco’, diz titular da SSP ao fechar festa clandestina no AM
06 de janeiro de 2021
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Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS – Mais de 30 pessoas foram presas por agentes da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM) na noite desta terça-feira, 5, em uma mansão que abrigava uma festa clandestina no bairro Cidade Nova, na zona Norte da capital. As detenções ocorreram após o vazamento de um áudio do organizador do evento ilegal.
Conhecido como “Felipe Tigrão”, ele prometia aos participantes o “apoio” da Polícia Militar (PM). A realização de eventos está proibida pela Justiça do Amazonas para conter o avanço da Covid-19, transmitida em aglomerações, e que está em sua fase mais grave no Estado.
Para reduzir os riscos do aumento de registros da doença e a superlotação dos hospitais em Manaus, a SSP/AM passou a monitorar encontros clandestinos e chegou ao áudio de Felipe. Pelo WhatsApp, o organizador pedia estrutura de som para a mansão do “Poderoso”.
“Atenção, gente, por favor (…) estou precisando de um som para a mansão do Poderoso. Podem ficar despreocupado que a gente está fechado com a polícia, estamos acertados com o tenente da área, com a viatura da área, tá bom? Qualquer situação que por ventura acontecer, eles vão tá passando a situação para gente e a gente para tudo… (sic)”, disse.
‘Vidas em risco’
Em um vídeo divulgado pela Secretaria de Segurança Pública na madrugada de quarta-feira, 6, o secretário da pasta, Louismar Bonates mostra momentos do flagra à festa clandestina, com a detenção de infratores da decisão judicial.
“Estamos aqui na mansão do Poderoso, acabando com uma festa clandestina. Felipe que é acostumado a fazer isso com outros vagabundos. Vão sair daqui todos algemados direto para a delegacia, colocando a vida da população em risco”, disse Bonates.
Além da prisão do organizador do evento ilegal e dos participantes, a polícia apreendeu bebidas alcóolicas, ingressos, equipamentos de som e panfletos com a divulgação de cantores.
Pela decisão da Justiça do Amazonas, os responsáveis por festas clandestinas, também, são penalizados com multa de R$ 50 mil.