‘Vergonhoso’, diz vereador sobre ‘más condições’ do hospital de Itacoatiara, investigadas pelo MPF
24 de janeiro de 2022
19:01
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS — O médico e vereador do município de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus) Robson Siqueira (PV) disse nesse domingo, 23, que é vergonhoso e criminoso o que está acontecendo com o Hospital Regional José Mendes, que atende a cidade. Conforme foi antecipado pela REVISTA CENARIUM, um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) investiga a unidade hospitalar por conta de más condições de limpeza, higiene e problemas sanitários no local.
“É vergonhoso e criminoso o que estão fazendo com o Hospital Regional José Mendes e a população. Recursos (dinheiro) há! O que falta é comprometimento e competência por parte da prefeitura que é a responsável pela administração da unidade”, declarou o parlamentar, em uma publicação nas redes sociais.
O político lembra que o hospital é uma unidade “municipalizada”, ou seja, ele é administrado pela Prefeitura de Itacoatiara. “A Prefeitura de Itacoatiara recebe recursos Federal e Estadual para que cuide da sua manutenção e administração”, destacou Robson Siqueira.
Relembre
O inquérito civil foi publicado na edição de quinta-feira, 20, no Diário Oficial do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), e está assinado pelo procurador da República em substituição, José Gladston Viana Correia.
De acordo com o documento, as irregularidades foram identificadas durante edição do Projeto MPF na Comunidade, que realiza visitas nos municípios para compreender as demandas da população e propor ao MPF soluções para suprir as respectivas necessidades.
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Na publicação, o procurador lembra da tramitação de outro inquérito civil no hospital itacoatiarense e que, apesar do saneamento de diversas irregularidades, “ainda persistem tantas outras”.
Denúncias
O Hospital Regional José Mendes também chegou a ser alvo de denúncias nos anos de 2018 e 2021, por conta de irregularidades relacionadas a falta de médicos, equipamentos danificados, falta de medicamentos, más condições de higiene e de violência obstétrica constatadas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).