Vídeo: amor e renovação da vida e esperança são pontos em comum no Natal para diversas religiões
24 de dezembro de 2021
12:12
Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium
MANAUS – A comemoração do Natal é universal. Todos os anos, embora não tenha sido comprovado que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, milhares de famílias se reúnem para celebrar a data. Mas, para diferentes religiões, os festejos vão muito além da forma tradicional como acontece no cristianismo. Na umbanda, por exemplo, é celebrada a vida de Oxalá, o maior de todos os orixás.
Nas religiões de matrizes africanas, a forma é completamente diferente, mas ligadas por algo em comum, a busca pela reflexão, conforme explica o pai de santo Ronald de Odé, também conhecido como “Cigano”, no candomblé são celebrados os orixás. “Os candomblecistas fazem sua ceia com sua família e após isso, fazem a abertura da fé de cada um. A fé que é dividida entre todos. Nós acreditamos, mas dentro do candomblé, é o orixá. São eles que fazem todo o movimento da nossa vida”, disse.
Já o pai de santo Alberto Jorge reforça a comemoração do Natal. “Uma boa parte das casas de Axé, principalmente, na umbanda, tambor de mina, que são mais sincréticos, é uma festa especial que se celebra a paz, a harmonia, praticamente seguindo os mesmos ditames do cristianismo. Para nós, é uma festa que acontece no nosso dia a dia dentro dos nossos corações. Porque cada vez que nós nos abrimos para o amor, para a fraternidade, isto é que é a celebração do Natal e da vida”, disse.
Para padre Charles Cunha, o Natal é tempo de renovação. “Natal é tempo de receber a força para os nossos dias. 2021 foi um desafio em diversas áreas, na saúde, economia. Quero convidar você a renovar as esperanças e em Deus, temos esperança. Convido todos para fazer uma oração com a família antes da ceia. Agradecer a Deus, pois, apesar da partida de entes, foram pessoas que deixaram marcas em nossos corações. Aconteça o que acontecer, ele está conosco”, disse.
História
O verdadeiro significado do Natal é o nascimento de Jesus Cristo, que veio à terra para nos dar a salvação eterna. Ao se tornar um homem, Deus mostrou que se preocupa conosco nos mínimos detalhes. O sacrifício de Jesus na cruz e sua ressurreição não teriam sido possíveis se ele não tivesse nascido como um homem.
A história do nascimento de Jesus é relatada na Bíblia Sagrada nos evangelhos de Mateus e Lucas. Esse foi um evento importante, porque marcou o início de nossa salvação e cumpriu várias profecias do Antigo Testamento sobre o nascimento do Salvador do mundo e sua vitória sobre satanás.
“A Bíblia tem um calendário romano lunar. Nós celebramos entre setembro e outubro. Celebramos Tabernáculo. A vinda do Messias, o Messias vindo para morrer e ressuscitar entre nós, que é Jesus, nosso salvador. Mas em dezembro, também celebramos Hanucá que é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes, que é a festa da dedicação do templo, que marca quando o templo foi destruído pelos Macabeus e os colonos e judeus se reuniram para fazer o resgate do templo e foi exatamente em dezembro”, diz a apóstola Ester Amazonas, do Ministério Internacional da Restauração.
Em síntese, Natal é alegria e comunhão, é esperança, é ter Jesus no coração. Além disso, mais do que iguarias, festas em família e presentes, este dia só tem sentido quando celebramos tendo Jesus Cristo em nosso coração como Senhor e Salvador.