Vídeo: ‘minitornados’ invadem Pantanal em meio à devastação do bioma

Os ventos podem chegar a 100 quilômetros por hora, principalmente, em área de vegetação seca. (Reprodução/Internet)

06 de outubro de 2020

16:10

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Uma sequência de “minitornados” (redemoinhos de vento) invadiu nesta terça-feira, 6, uma área devastada próximo ao Instituto Onça-Pintada (IOP), na região do Pantanal mato-grossense, assustando moradores e pesquisadores da região. Um vídeo foi compartilhado nas redes sociais mostrando os fenômenos se alastrando.

De acordo com o especialista em climatologia, Gilmar Oliveira, ao site G1, um redemoinho se forma quando a superfície do solo atinge altas temperaturas (acima de 35ºC). Geralmente, os ventos podem chegar a 100 quilômetros por hora, principalmente, em área de vegetação seca.

Nas imagens publicadas pelo biólogo Leandro Silveira, 50, um dos coordenadores do instituto que tem o objetivo de preservar e estudar o maior felino das Américas, é possível observar a formação da ventania em uma área de pastagem seca, atingida pelo fogo.

Pai e filho observando o redemoinho (Reprodução)

Em seguida, no mesmo vídeo, são registrados pelo menos o início de outros dois tornados. Apesar do susto, não há relatos de feridos. O biólogo, que ficou famoso nas redes sociais após compartilhar uma foto do filho tomando banho de rio ao lado de duas onças-pintadas e um cachorro, relata a sensação de enfrentar o tornado, após ser ‘engolido’ pelo vento.

“Acho que a gente foi engolido por aquele tornado, é uma mistura de cinza, sujo, fuligem e caloria. Logo após o fogo, o vento forma esses redemoinhos aqui de fuligem como se fossem minitornados”, conta, em vídeo publicado no Facebook.

Tornado de fogo

No mês de setembro deste ano, um redemoinho assustou moradores ao se aproximar de um carro na rodovia Sanga Helena de Goiás, no Sudoeste do Estado. Na região, a época de seca é também de temporada de remoinhos de poeira e fogo.

No vídeo, o autor da gravação narra o fenômeno se aproximando e diz que, se ficasse mais dois segundos na rodovia, o redemoinho atingiria o automóvel em que dirigia.

Assista ao vídeo: