Vídeo: satélite da Nasa compara há 21 anos elo entre vegetação e temperatura terrestre

O monitoramento da temperatura e da vegetação é acompanhado desde os anos 2000. (Reprodução/Nasa)

20 de março de 2021

16:03

Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS – Um satélite da Agência Espacial Americana (Nasa) monitora desde os anos 2000 a temperatura da superfície terrestre, além das variações de crescimento e redução da vegetação. O índice se baseia em medições feitas pelo espectro radiômetro de imagem de resolução moderada (Modis, em inglês).

Segundo publicações da agência espacial norte-americana, a temperatura é uma das três principais influências nos padrões de crescimento das plantas. Junto com a luz solar e a água disponíveis, a temperatura determina se a terra deve suportar florestas densas, pastagens ou um deserto.

Por outro lado, o monitoramento também exibe que as plantas influenciam o quão quente a superfície da terra pode ficar. Dessa forma, o estudo aponta que em áreas onde a vegetação é densa, a temperatura da superfície não ultrapassa os 35 graus Celsius.

Além de retratar a vegetação em escala de tons de verde-claro e escuro, a folhagem escassa é descrita em tons marrom. Captura disponibilizada em fevereiro de 2021. (Reprodução/Nasa)

Em geral, a observação do Modis ao longo dos 21 anos explicita que as temperaturas mais altas da superfície terrestre ocorrem frequentemente em paisagens desérticas. Além de retratar as escalas em tons de verde-claro e escuro, fatores como o número e o tipo de plantas, locais de folhagem densa.

A visualização também mostra o poder de crescimento das plantas em alto índice, representado em verde escuro. Assim como nas regiões onde crescem poucas plantas, apresentam um baixo índice de vegetação, mostrado na cor castanho. As áreas onde o satélite não coletou dados estão apresentadas em cinza.

Temperatura

No quesito temperatura, a Nasa afirma que a temperatura se difere da aferição dos relatórios meteorológicos comuns, porque a terra aquece e resfria mais rapidamente do que o ar. As imagens do Modis, também exibem as médias mensais da superfície terrestre em graus Celsius.

As temperaturas mais quentes são mostradas em tons de amarelo claro, enquanto as temperaturas mais frias são azuis-escuros. As temperaturas moderadas são representadas em tons de rosa e roxo. Outras regiões que não foram possíveis aferir a temperatura também são detalhadas em escala de cinza.

As cores representam os padrões de temperatura, incluindo da “terra nua”, neve ou cobertura de gelo, além de áreas urbanas e áreas de cultivo ou reserva florestal. Captura disponibilizada em fevereiro de 2021. (Reprodução/Nasa)

O padrão mais óbvio que os mapas mostram é o global: a vegetação é abundante ao redor do equador durante todo o ano, onde as temperaturas são altas. (Chuva e luz solar também são abundantes). Entre o equador e os pólos, o verde da vegetação aumenta e diminui a medida que as estações mudam e as temperaturas aumentam e diminuem.

As cores nesses mapas representam os padrões de temperatura, incluindo da “terra nua”, neve ou cobertura de gelo, além de áreas urbanas e áreas de cultivo ou reserva florestal. O amarelo mostra as temperaturas mais quentes, em até 45 ° C e o azul-claro mostra as temperaturas mais frias, até -25 ° C. O Preto detalha a ausência de dados.

Padrões

De acordo com a agência espacial, os padrões regionais de temperatura e vegetação também coexistem. Como por exemplo, as temperaturas da superfície da terra no sudeste do Canadá permanecem mais frias por mais tempo na primavera do hemisfério norte do que na Europa, embora estejam na mesma latitude. Essas diferenças de temperatura significam que a Europa “fica verde” mais rápido na primavera do que o sudeste do Canadá.

Mesmo durante o auge do verão, as latitudes mais altas e mais quentes da Europa têm vegetação mais abundante do que latitudes semelhantes do leste da América do Norte, que permanecem mais frias. Por outro lado, os lugares mais quentes da Terra, como os desertos do sudoeste da Ásia, têm menos vegetação.

Assista à comparação

De acordo com a agência espacial, os padrões regionais de temperatura e vegetação também coexistem. (Reprodução/Nasa)