25 de dezembro de 2022
15:12
Marcela Leiros – Da Agência Amazônia
MANAUS – A cheia dos rios na região amazônica que ocorre neste período de chuva é mais um fator que causa transtorno a quem precisa passar pelo trecho da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, em Rondônia (RO), afetado pela queda da ponte sobre o Rio Curuçá. Vídeos encaminhados à AGÊNCIA AMAZÔNIA mostram que o aumento do nível do rio já causa filas quilométricas no local.
No período de seca na região, a travessia era feita de forma mais facilitada, já que a balsa que faz o transporte no local encostava nas duas margens do Curuçá, funcionando como uma ponte temporária. Agora, com o nível do rio mais elevado, veículos e pedestres precisam esperar que a balsa se aproxime das margens para então embarcar e fazer a travessia.
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Em um dos vídeos enviados para a reportagem, é possível ver a balsa com a rampa de acesso submersa, justamente pelo rio estar mais cheio. Uma fila de veículos aguarda para atravessar. A AGÊNCIA AMAZÔNIA questionou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre medidas para diminuir o transtorno e aguarda resposta.
Veja o vídeo:
“Choveu muito ontem, o rio encheu e a balsa está flutuando. O rebocador não está dando conta e temos duas dragas que estão arrastando a balsa de um lado para o outro, naquele transtorno medonho“, disse um homem que aguardava na fila de espera para atravessa na balsa, formada por carros de passeios, agricultores transportando carga viva e até mesmo combustíveis.
Veja o vídeo:
O Dnit informou que em decorrência da forte chuva na noite do dia 21 de dezembro, o nível do rio subiu e a balsa, que antes estava trabalhando estacionada apenas como ponte, necessitou do rebocador para fazer o transporte de um lado para o outro, mas o departamento fez ajustes nas rampas para agilizar a atracação da balsa e já opera normalmente sem nenhuma intercorrência e filas.
Reconstrução
Nesta semana, o Dnit publicou no Diário Oficial da União o aviso de dispensa de licitação no valor de R$ 24.855.138,97 para construção da ponte. O contrato assinado pelo superintendente Regional do Dnit-AM, Luciano Moreira de Souza Filho, tem como finalidade “a contratação de serviços emergenciais para a reconstrução da Ponte sobre o Rio Curuçá”. A empresa J. Nasser Engenharia LTDA tem o prazo de um ano para execução da obra.
A ponte, localizada no quilômetro 23, da BR-319, no município do Careiro da Várzea, desabou no dia 28 de setembro de 2022, deixando quatro mortos e outras 14 pessoas feridas. Logo depois, no dia 8 de outubro, a ponte Rio Autaz Mirim, no quilômetro 25, também cedeu, mas sem feridos.
Conforme o Dnit, a contratação de empresa para a reconstrução da ponte Autaz Mirim está prevista para o início de 2023. “A autarquia ressalta que, de acordo com o artigo 75 da Lei nº 14.133/2021, o prazo para as obras contratadas de forma emergencial é de até um ano“.
(*) Matéria atualizada às 7h42 de 26/12/2022 para inclusão da resposta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).