Roraima deve aumentar exportação de carne com o fim da febre aftosa

Rebanho bovino em Roraima (Divulgação/Arquivo)

25 de abril de 2024

14:04

Jacildo Bezerra – Da Agência Cenarium

BOA VISTA (RR) – Após 14 anos, chegou ao fim a ação de vacinação do rebanho bovino nas comunidades das terras indígenas da Raposa/Serra do Sol e São Marcos, no Estado de Roraima. A iniciativa ajudou a alavancar o status sanitário do Estado, que agora passará a ostentar o título de “Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”.

Chegou ao fim, após 14 anos, a ação de vacinação do rebanho bovino (Divulgação)

Representantes de entidades ligadas ao setor comemoram a conquista e veem novos horizontes para o comércio de carnes para novos mercados, inclusive o internacional.

De acordo com o presidente da Associação dos Pecuaristas de Roraima André Prado, a pecuária no Estado de Roraima tem avançado de forma significativa nesses últimos anos e, com a dedicação dos produtores, junto ao Governo de Roraima, foi possível alcançar o status de Livre de Aftosa Sem Vacinação.

Segundo ele, essa evolução abre novos caminhos para exportação e reduz os gastos do produtor. Acredita-se que, desta forma, o crescimento do rebanho será ainda maior a partir dessa nova fase, possibilitando maiores investimentos no setor.

Continuaremos vigilantes e em parceria com o governo para manter nosso rebanho saudável e crescente, pois uma pecuária forte e unida é benéfica a toda a sociedade”, disse o presidente.

Fiscalização de rebanhos em Roraima (Divulgação)
Exportação

Atualmente, Roraima exporta para a Guiana e Suriname e com perspectiva de aumento desse volume. Com a substituição da vacina pela vigilância, que é uma demonstração da procedência do rebanho, os produtores locais atendem assim a todas as exigências internacionais estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Segundo dados do relatório “A pecuária bovina de corte em Roraima: Dinâmica, história e meio ambiente“, o efetivo do rebanho roraimense era de 459 mil cabeças, em 2004, chegando a 938 mil cabeças, em 2021, sendo que 99% do rebanho possuía aptidão genética para corte. Neste mesmo período, a produção de carne bovina passou de 29.400 toneladas para 42.500 toneladas, segundo dados informados pela Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento.

Editado por Marcela Leiros
Revisado por Gustavo Gilona