2ª Mostra de Arte Indígena de Manaus valoriza identidade cultural e ancestralidade no Centro Histórico

O evento vai até dia 30 de outubro com entrada gratuita (Divulgação)

30 de setembro de 2022

20:09

Priscilla Peixoto – Da AGÊNCIA AMAZÔNIA

MANAUS – Reunindo diversos trabalhos artísticos como grafismos ritualísticos antropológicos retratados em quadros, esculturas e vestimentas, a 2ª Mostra de Arte Indígena de Manaus já está com data marcada para o próximo dia 5 de outubro. A exposição será lançada a partir das 16h, no Palácio Rio Branco, Centro Histórico, e tem a missão de abrir a temporada comemorativa dos 353 anos de Manaus, celebrado no dia 24 de outubro.

Neste ano, a mostra com entrada gratuita e horário de visita comercial conta com 26 artistas de 12 povos indígenas residentes em Manaus, quantitativo maior de participantes do que no ano passado, quando oito artistas participaram da exposição. O evento está previsto para encerrar dia 30 de outubro.

Artista Maira Bello Mura (Reprodução/Divulgação)

De acordo com o presidente do Conselho Municipal e Cultura (Concultura), Tenório Teles, a realização da 2ª edição do evento reforça o protagonismo e a valorização do artista indígena.

A segunda edição da Mostra de Arte Indígena de Manaus é um avanço em termos de reconhecimento do trabalho artístico dos criadores indígenas de nossa cidade. São dezenas de artistas que representam as populações que vivem em Manaus e expressam artisticamente a memória e a identidade cultural que os definem“, considera Tenório.

Assim como na primeira edição, a curadoria da mostra deste ano é de responsabilidade do antropólogo e professor João Paulo Barreto Tukano e a produção fica por conta da artista visual Monik Ventilari. Ano passado, a atividade cultural teve a participação do Centro Indígena Bahserikowi, que contribuiu com a exposição de objetos do povo Tukano, Dessana e Tuyukas do Alto Rio Negro.

Artistas do Clã Marikaua, etnia Kokama, e a arte da marchetaria (Reprodução/Divulgação)

Neste ano, a exposição ancestral terá ainda a presença do artista Duhigó (povo Tukano) e Dhiani Pa’saro (wanano), considerados veteranos do setor artístico indígena. O presidente do Concultura ressalta o talento e a estética apresentados pelos profissionais da arte, tanto locais quanto nacionais.

Merece destaque o talento e a beleza estética desses artistas, ao mesmo tempo em que celebram nossa ancestralidade indígena. A Mostra é uma oportunidade de valorização e reconhecimento da produção desses artistas tão talentosos”, destaca.