Após desaprovação, Flávio Dino troca nome escolhido para direção-geral da Polícia Rodoviária Federal

Flávio Dino, futuro ministro da Justiça (Reprodução/Internet)

21 de dezembro de 2022

21:12

Priscilla Peixoto – Da Agência Amazônia

MANAUS – O ex-governador do Maranhão e futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) desistiu da escolha do secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Edmar Camata, para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo Dino, a desistência se deu logo após usuários das redes sociais desaprovarem a decisão, relembrando antigos posts de Camata em apoio à operação e à prisão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O policial rodoviário federal Antônio Fernando Oliveira foi o nome anunciado para ocupar o posto.

“(…) não é um critério, mas aí a questão é que houve uma postagem particular e outras. Enfim, realmente, não é um julgamento sobre o que ele achava em 2017 e 2018, porque realmente não é um critério, a meu ver, determinante, mas em face da polêmica, é claro, que ele no futuro não reuniria condições para se dedicar como nós gostaríamos”, explicou Flávio Dino aos jornalistas durante coletiva realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

Escolha

Nessa terça-feira, 20, em declaração à imprensa, também no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Flávio Dino salientou que a escolha por Camata levava em conta a experiência e o aperfeiçoamento gerencial.

“É uma pessoa que tem amplo conhecimento da instituição, uma vez que a integra, já, há 18 anos. E, ao mesmo tempo, tem experiência de gestão. A escolha do doutor Edmar Camata leva em conta essa ideia de aperfeiçoamento, aprimoramento gerencial dessas instituições, para que elas possam obedecer ao princípio da economicidade e eficiência“, declarou o futuro ministro sobre a decisão que desagradou aliados do presidente eleito.

Posicionamento

Ainda em coletiva, o futuro ministro da Justiça afirmou ter conhecimento do posicionamento político do então escolhido para assumir a direção-geral da PRF, mas o mesmo não se estendia às postagens de Camata nas redes sociais.

Eu tinha conhecimento da posição política dele, mas o teor de certas postagens, não. Quanto à posição política geral, sim. Quanto ao teor de determinada postagem, não. Porque é feita uma pesquisa e não houve o exame de uma determinada postagem. Agora, quanto à posição política dele e de outros tantos, claro que havia ciência”, afirmou Dino.

Anunciados

Além de advogado e policial rodoviário federal, Antônio Fernando Oliveira, escolhido para o cargo da direção-geral da PRF, Dino também citou outros nomes que vão integrar o segundo escalão da pasta. Para a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, o nome indicado foi o da professora da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Martha Rodrigues Machado.

O policial militar Coronel Nivaldo César Restivo ficou com a missão de comandar a Secretaria Nacional de Políticas Penais. Para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) será o secretário Nacional de Segurança Pública. Jonata Galvão será o diretor de Acesso à Justiça e Mediação de Conflitos e Tadeu Alencar estará na Secretaria Nacional de Segurança Pública.