Ataque em Brasília: ministro da Justiça afirma que 1.500 golpistas foram detidos até o momento

O ministro salientou também que dez Estados já enviaram contingentes de mais de 500 homens para reforçar a atuação da Força Nacional (Mauro Pimentel/Getty Images)

09 de janeiro de 2023

22:01

Priscilla Peixoto – Da Agência Amazônia

MANAUS – Ao menos 1.500 pessoas que participaram dos atos extremistas, em Brasília, ocorrido nesse domingo, 8, foram detidas. A informação foi repassada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em coletiva de imprensa realizada na capital federal na tarde desta segunda-feira, 9.

De acordo com Dino, a maioria estava em acampamento situado em frente ao quartel, no Distrito Federal. Todas serão ouvidas pela Polícia Federal até amanhã, terça-feira, 10. Segundo o balanço repassado pelo ministro, foram, até o momento, 209 prisões em flagrante e 40 ônibus apreendidos em Brasília. O ministro salientou também que dez Estados já enviaram contingente de mais de 500 homens para reforçar a atuação da Força Nacional.

É claro que eles estão sendo ouvidos e as providências de polícia judiciária serão tomadas, inclusive, com a posterior comunicação ao Poder Judiciário”, declarou o ministro ressaltando que, após os procedimentos cabíveis, caberá ao Poder Judiciário decidir sobre “eventuais prisões”.

Caberá ao Judiciário dizer o que vai acontecer com eles. Alguns serão submetidos à audiência de custódia, outros podem, eventualmente, receber o benefício da liberdade provisória. Então, não podemos dizer o que vai acontecer com cada um. Haverá encaminhamento ao Poder Judiciário, creio que hoje ou amanhã”, complementou.

Denúncia e investigação

O governo recebeu, ainda, mais de 13 mil mensagens pelo e-mail [email protected] , criado para receber denúncias e informações sobre os atos de vandalismo cometidos nesse domingo, no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. “A equipe já está fazendo uma triagem desses e-mails’, disse o ministro.

Conforme Dino, as investigações sobre os atos extremistas serão de responsabilidade da Polícia Federal. “Nós temos muito reconhecimento ao papel da Polícia Civil do Distrito Federal, que tem nos auxiliado desde o dia 12, na verdade (…) Não há dúvidas de que se cuida de crimes que afetaram bens da União, bens federais, além de serem crimes políticos. E, por isso mesmo, todos os inquéritos migrarão para a condução da Polícia Federal”, disse o ministro.

Ainda segundo Flávio Dino, dentre os crimes previstos aos extremistas estão: tentativa de abolição do Estado democrático de direito, crime de dano ao patrimônio público, golpe de Estado, associação criminosa e lesão corporal (neste último caso, são relacionados às agressões cometidas contra os policiais e jornalistas).