09 de outubro de 2020
15:10
Luciana Bezerra — Da Revista Cenarium
MANAUS — Uma das áreas mais famosas e visitadas da cidade de Manaus, a região da Marina do Davi, no Tarumã, está abandonada. Com a vazante do rio, o acúmulo de lixo causa doenças e degradação ao meio ambiente na região da Zona Oeste.
Nesta sexta-feira, 9, a equipe da REVISTA CENARIUM percorreu a área e encontrou um rastro de lama, muita sujeira e diversas irregularidades no local.
A localidade é porta de entrada de turistas na capital e de moradores das regiões adjacentes por ser o ponto de partida dos barcos que navegam em direção aos principais pontos turísticos ecológicos de Manaus como o Museu do Seringal, a Praia da Lua, Tupé, entre outros.
De acordo com a dona de casa e moradora da região do Tarumã há 13 anos, Bianca Alves de Carvalho, 21 anos, a área está abandonada há muito tempo e todos os anos é a mesma coisa. “Todos os anos é assim. O rio seca e o lixo se acumula e causa várias doenças, principalmente a malária. Eu mesma já peguei malária três vezes. Isso é muito ruim porque tem muita criança na região. É preciso uma ação efetiva da Prefeitura para resolver o problema”.
A moradora reclama ainda do fornecimento de energia elétrica na região. Segundo ela, qualquer vento que atinge a cidade, a energia elétrica da área é cortada e os moradores são os mais prejudicados com o abandono e o descaso do poder público.
Já Abílio Batista, canoeiro no local há 16 anos, destaca que o problema é antigo. “Esse lixo não é da Marina do Davi, na verdade, vem pelo igarapé do Gigantes, que atravessa vários bairros da cidade e desagua aqui. Todos os anos acontece isso com a seca do rio, mas nada é feito. Isso é ruim, feio e prejudica o nosso trabalho”.
Na última quarta-feira, 7, a cantora amazonense Márcia Novo publicou um vídeo em suas redes sociais criticando a degradação ao meio ambiente na região. Segundo ela informa no vídeo, até hoje nenhum projeto para a limpeza e revitalização da área durante a vazante do rio foi apresentado para a associação dos moradores do local.
Até a publicação deste conteúdo, a reportagem aguardava um posicionamento da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).