16 de fevereiro de 2024
14:02
Bruna Cássia Alves – Da Agência Cenarium
BOA VISTA (RR) – Familiares de Elizangela Pessoa da Silva, morta em suposto conflito com indígenas na Terra Indígena Yanomami em Roraima, e que pediram anonimato, afirmaram que os corpos das vítimas seguem sem resgate na região.
“A única coisa que nós, familiares, queremos é o resgate dos corpos. Já se passaram sete dias sem providências e queremos dar um enterro digno para eles”, desabafou uma membro da família.
Além de Elizangela, os garimpeiros Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos; e Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, também morreram assassinados há uma semana entre a localidade de Parima e Dicão, no município de Iracema.
Os familiares denunciaram o caso à Polícia Civil de Roraima (PCRR), no dia 12 de fevereiro. Conforme relato dos familiares, as vítimas sofreram ataque de indígenas que estariam armados com arcos, flechas e armas de fogo.
Nessa quinta-feira, 15, a polícia emitiu nova nota afirmando que está articulando esforços para resgatar corpos de garimpeiros na região.
“Trata-se de uma região que apresenta desafios logísticos para as equipes de resgate. Mas estamos empenhados em superar essas adversidades e garantir a recuperação dos corpos com dignidade e respeito às famílias enlutadas”, acrescentou.
O Exército Brasileiro também divulgou nota informando que, até o momento, não recebeu nenhum pedido formal de apoio para o resgate dos corpos dos garimpeiros.
“O Exército está ciente dos acontecimentos, porém, ainda não foi contatado oficialmente para prestar assistência à Polícia Civil. Estamos prontos para colaborar assim que recebermos uma solicitação oficial”, adicionou.
A REVISTA CENARIUM entrou em contato com a Hutukara Associação Yanomami e com o Conselho Indígena de Roraima para solicitar pronunciamento sobre o caso, e aguarda retorno.