‘Deformidade em guindaste’ pode ser a causa de acidente no interior do AM; perícia não tem prazo para concluir análise

A informação foi repassada em coletiva de imprensa (Reprodução)

29 de agosto de 2022

21:08

Karol Rocha – Da Agência Amazônia

MANAUS – O Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC) afirmou, de forma preliminar, que a queda de uma alegoria durante o 24° Festival das Cirandas de Manacapuru, ocorrida na noite deste domingo, 28, foi ocasionada decorrente de uma “deformidade da extremidade do guindaste”. A perícia ainda não tem prazo para ser concluída.

A informação foi destacada pela diretora do DPTC, Maria Margareth Vidal, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 29, a qual reuniu os órgãos que compõem a operação de atendimento às vítimas do acidente no Festival de Cirandas de Manacapuru.

“Nós temos dois momentos da perícia. O primeiro foi o que aconteceu ontem, no momento do incidente. Nós tínhamos peritos no local, lá eles fizeram estudos muito preliminares. Nós temos, neste momento, dois peritos especialistas em engenharia mecânica, onde está sendo feito um estudo mais aprofundado sobre o equipamento e sobre a estrutura que despencou”, explicou a perita.

“O que nós podemos afirmar, no momento, é que houve uma deformidade da extremidade do guindaste que segurava aquela estrutura que caiu. Mais informações a respeito da carga, capacidade, peso, nós não temos, porque o levantamento está sendo feito. Esse é um trabalho técnico, minucioso, e é preciso tempo para resgatar todas essas informações”, disse ainda.

Ela acrescentou que não há como determinar prazo para o término do trabalho de perícia no local do acidente. “É uma perícia que exige uma certa complexidade e diante do que for encontrado, hoje, talvez seja necessário agregar mais peritos”, concluiu.

Ainda em relação às inspeções, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) destacou que os documentos que precisam ser checados foram entregues à corporação.

“Foram entregues todos os cursos que o operador tem e, agora, dados mais refinados do que aconteceu, só com o trabalho pericial que vai detalhar, efetivamente, o que aconteceu, com cautela”, comentou o comandante do CBMAM, Cel BM Orleilso Muniz.

Vítimas

Ao todo, 24 pessoas sofreram algum tipo de lesão por conta do acidente ocorrido durante o 24° Festival das Cirandas de Manacapuru, na noite deste domingo, 28. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, todas as vítimas são brincantes da ciranda Flor Matizada e estavam no guindaste/alegoria que despencou de uma altura de cerca de dez metros durante o espetáculo. As pessoas feridas têm entre 18 e 42 anos. 

Dezessete pessoas foram transferidas para Manaus. Nove pacientes estão sendo atendidos no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. João Lúcio; dois estão no HPS Platão Araújo; cinco foram transferidos para o HPS 28 de Agosto e um está na Unimed Manaus. Outros sete pacientes seguem sendo monitorados e estão no HPS Lázaro Reis, em Manacapuru.