‘Desafio Amazônia Viva’: concurso da FAS premia acadêmicos de comunicação por trabalhos sobre preservação da floresta

O grupo Aruanas, formado pelos estudantes Anthony Franco, Emily de Souza e Beatriz Souza. (Marcela Leiros/ AGÊNCIA AMAZÔNIA)

18 de setembro de 2022

19:09

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia

MANAUS – A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) realizou neste domingo, 18, na sede da instituição, em Manaus, o encerramento do hackathonDesafio Amazônia Viva“, que premiou estudantes de Comunicação que produziram materiais de mídias para as redes sociais com temáticas da região amazônica. A equipe Aruanas, formada por três estudantes de Jornalismo, foi a vencedora e levou para casa o prêmio de R$ 4 mil.

Os vídeos apresentados foram analisados por um júri técnico formado por especialistas na área da Comunicação e Meio Ambiente. A CEO da AGÊNCIA AMAZÔNIA/REVISTA CENARIUM, Paula Litaiff, o ambientalista Mário Mantovani, a coordenadora de Políticas Públicas e Cooperação Internacional da FAS, Giovana Figueiredo, a diretora de conteúdo do Jornal A Crítica, Aruana Brianezi, e o diretor de arte, Luiz Almeida foram os jurados.

Da esquerda à direita: Mário Matovani, Giovana Figueiredo, Paula Litaiff, Aruana Brianezi e Luiz Almeida. (Marcela Leiros/ AGÊNCIA AMAZÔNIA)

O evento faz parte da campanha “Eu Voto na Amazônia Viva”, que incentiva eleitores a votarem em candidatos que tenham compromissos com a conservação da Floresta Amazônica. Giovana destacou a importância de envolver a juventude no ativismo e defesa da agenda do desenvolvimento sustentável para a Amazônia.

“Então, hoje, a gente realizou aqui o hackathon, que busca provocar os jovens a produzirem conteúdos que consigam fortalecer as narrativas das nossas campanhas, defender a Amazônia de pé, o combate às fake news, a partir de uma abordagem nova, moderna, e que converse com vários públicos”, disse a representante da FAS.

Aprendizados

Além da equipe vencedora, quatro grupos competiram pelos prêmios: Minas, Amazon Wave, Boi Tatá Digital e Cunhatãs. Estudante de Jornalismo e integrante do grupo vencedor Aruanas, Emily de Souza destacou que a experiência foi enriquecedora e que é necessário que futuros profissionais da comunicação aprendam mais sobre a Amazônia e suas riquezas.

“Além da vivência em grupo, trouxe também a questão de nós, pessoas aqui do Amazonas, a gente se disponibilizar a aprender mais sobre a Amazônia, a proteger o que é nosso, e ajudar esses pesquisadores que na sua maioria são pessoas de fora que veem um grande potencial em coisas que nós temos, que é algo bem precioso. Então, a gente tem um ‘ouro’ do nosso século, sendo algo superimportante a gente luta por isso e proteger”, disse a estudante.

Os três grupos vencedores levaram prêmios entre R$ 1 mil e R$ 4 mil. (Marcela Leiros/ AGÊNCIA AMAZÔNIA)

A jornalista Aruana Brianezi, que integrou o júri, enfatizou a importância de se formarem comunicadores atentos a temas relacionados à região amazônica e conhecedores de novos formatos de mídias para as redes sociais. Os 15 participantes, divididos em cinco equipes, trabalharam temas sobre queimadas, desmatamento, garimpo ilegal e cidade limpa, além de Amazônia e Eleições 2022.

“Eu acho que esse projeto faz uma combinação quase perfeita da necessidade de você falar de meio ambiente e ao mesmo tempo da importância de você falar na linguagem dos jovens. Eu acho que quando você consegue traduzir temas tão densos às vezes, e aparentemente até ‘chatos’, para essa linguagem de internet, você consegue colocar isso num ‘meme’, num vídeo, você alcança um público muito maior, consegue sensibilizar as pessoas numa faixa etária menor para importância desse tema”, disse Aruana.

Meio ambiente e novas mídias

O ambientalista Mário Mantovani contribuiu explicando que a proposta do projeto é levar a comunicação acessível sobre meio ambiente para pessoas que vivem do meio, além de combater a desinformação e fake news.

“Eu acho que a gente fez uma proposta aqui de trazer uma comunicação que fosse fora daquelas pessoas que já vivem no ciclo de informações sobre o meio ambiente, daqueles que tem as informações pelas grandes mídias, e até mesmo dentro dessas mídias, como as digitais, muita informação de fake news, informação sem qualificação, inclusive daqueles conceitos mais complicados que a gente pode ter, que não toca as pessoas no dia a dia”, disse.

O diretor de arte Luiz Almeida ficou encantado com o material entregue e considerou o material “muito único e singular”, os quais conversa muito com a comunicação dos dias atuais. “É uma comunicação rápida, didática, acessível para todo mundo. Então, ver essa galera tão jovem, trazendo um material de tanta qualidade ainda dentro da instituição de ensino, é incrível, e mais incrível ainda é você ver a FAS trazendo essa oportunidade para essa galera que está estudando”, finalizou.

O evento foi voltado a estudantes de comunicação. (Marcela Leiros/AGÊNCIA AMAZÔNIA)

Desafio

O evento contou, ainda, com a presença de cinco especialistas de renome na área ambiental que apresentaram palestras sobre queimadas, desmatamento, garimpo ilegal e cidade limpa, além de Amazônia e Eleições 2022. As palestras também fizeram parte do hackathon.

O “Desafio da Amazônia Viva” teve o objetivo de difundir, nas redes sociais, as ideias, os valores e os princípios propagados pela campanha da FAS “Eu Voto na Amazônia Viva”. (Divulgação)

Um dos destaques entre os palestrantes foi o presidente da Fundação Florestal, o ambientalista Mário Mantovani, que veio a Manaus especialmente para participar do hackathon. Mantovani foi fundador e diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma); trabalhou na Fundação SOS Mata Atlântica por mais de 30 anos, onde coordenou a maior campanha de mobilização em prol da despoluição do Rio Tietê; e, posteriormente, atuou como diretor no Núcleo União Pró-Tietê, fomentando planos municipais da Mata Atlântica e na área de políticas públicas. 

O “Desafio da Amazônia Viva” teve o objetivo de difundir, nas redes sociais, as ideias, os valores e os princípios propagados pela campanha da FAS “Eu Voto na Amazônia Viva”, que incentiva as pessoas a votarem em candidatos que tenham compromissos com a conservação da Floresta Amazônica.