Eleitores de Vilhena, em RO, votam para prefeito neste domingo; eleições suplementares acontecem em oito cidades brasileiras

Quem for escolhido, ficará no cargo pelos próximos dois anos, até 2024, quando acontecem novas eleições para prefeito em todo o Brasil (Maison Bertoncello/Agência Amazônia)

30 de outubro de 2022

13:10

Iury Lima – Da Agência Amazônia

VILHENA (RO) – Mais de 65 mil eleitores da cidade de Vilhena, localizada no interior de Rondônia, a 706 quilômetros de Porto Velho, vão às urnas eletrônicas neste domingo, 30, com um número a mais na ‘colinha’ de votos. Isso porque o município é um dos oito espalhados pelo País onde eleições suplementares para definir novos gestores municipais estão em curso, neste segundo turno.

A disputa é entre os candidatos Delegado Flori (Podemos) e Rosani Donadon (PSD). Quem for escolhido, ficará no cargo pelos próximos dois anos, até 2024, quando acontecem novas eleições para prefeito em todo o Brasil.

Vilhena tem mais de 65 mil eleitores aptos a votar no segundo turno (Maison Bertoncello/REVISTA CENARIUM)

Eleição em Vilhena

O aposentado Francisco Lima chegou bem cedo à Escola Municipal de Ensino Fundamental (E.M.E.F) Professora Ivete Brustolin, um dos 30 locais de votação e o mais movimentado da cidade. Antes das 8h, ele já tinha confiado seu voto aos candidatos a presidente da República, governador e prefeito preferidos por ele. “Foi tranquilo e muito bom”, disse o eleitor.

Francisco Lima chegou antes da abertura dos portões de seu local de votação e pegou pouca fila (Maison Bertoncello/REVISTA CENARIUM)

Para a cozinheira Jhaymilla Dantas, ter um número a mais para depositar nas urnas não é sinônimo de confusão. Organizada, ela já sabia bem antes em quem votar e diz que fica feliz em poder fazer parte das decisões políticas do município onde mora há três anos.

A cozinheira Jhaymilla Dantas defende a importância do voto consciente (Maison Bertconcello/REVISTA CENARIUM)

Candidatos

O novo chefe do Executivo substituirá o ex-prefeito de Vilhena Eduardo Toshiya Tsuru (PSC), mais conhecido como Eduardo Japonês. Ele e a vice-prefeita, Patrícia Aparecida da Glória (PV), foram condenados pela Justiça Eleitoral , em junho deste ano, por irregularidades na campanha de 2020, como o uso das redes sociais da prefeitura em favorecimento próprio. Por isso, estão inelegíveis até 2028.

Esta é a segunda eleição suplementar em quatro anos, em Vilhena. Eduardo Japonês foi eleito, pela primeira vez, em 2018, em regime extraordinário, depois a ex-prefeita Rosani Terezinha Pires da Costa Donadon – que agora tenta voltar ao cargo – foi cassada, também, por abuso de poder político e econômico e, assim como Japonês, por ter feito uso indevido de canais de comunicação.

Natural de Nova Esperança (PR), Rosani Donadon tem 50 anos e é casada. Como vice em sua chapa, ela conta com Ederson Deiró (PL).

Rosnai Donadon já foi prefeita de Vilhena e foi afastada do cargo por irregularidades no mandato (Reprodução/Redes sociais)

Já o candidato do Podemos, Flori Cordeiro de Miranda Junior é conhecido nas urnas como Delegado Flori, pelo cargo que ocupa na Polícia Federal, em Vilhena. Flori tem 43 anos e nasceu na cidade de Capão Bonito (SP). Ele concorre ao lado do candidato a vice, Aparecido Donadoni (PP).

Flori Cordeiro é delegado de Polícia Federal e concorre ao cargo de prefeito de Vilhena (RO) (Reprodução/Redes sociais)

Eleições suplementares

Além de Vilhena, única cidade de Rondônia a ter eleições suplementares neste segundo turno, outras sete cidades brasileiras também vão escolher substitutos para prefeitos cassados pela Justiça Eleitoral: Cachoeirinha, Cerro Grande e Entre Rios do Sul, em Rio grande do Sul; Canoinhas, em Santa Catarina; Joaquim Nabuco e Pesqueiro, em Pernambuco e, Pinhalzinho, em São Paulo. 

Em Rondônia, também haverá segundo turno para governador, assim como em outros 11 Estados. Na disputa, estão o candidato à reeleição Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL).