19 de agosto de 2023
15:08
Ívina Garcia – Da Agência Amazônia
MANAUS (AM) – A esposa do investigador da Polícia Civil Raimundo Nonato Machado, identificada como Jussana Machado, foi presa na noite dessa sexta-feira, 18, por suspeita de agressão contra uma babá identificada como Cláudia Gonzaga e atirar contra o advogado Ygor Colares no estacionamento de um condomínio localizado no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus. Câmeras de segurança do local registraram o momento de violência.
A briga começou a partir de um desentendimento entre Jussana e Cláudia, quando ocorreu troca de xingamentos em um elevador do condomínio. Jussana, que é moradora do local, começou a agredir a funcionária no estacionamento.
Em vídeos das câmeras de segurança e outros feitos por moradores que passavam pelo local, é possível ver Jussana, de roupa preta, imobilizando e desferindo vários socos no corpo e no rosto da babá, que veste roupa listrada, enquanto elas rolam pelo chão.
Veja o vídeo:
Enquanto as agressões aconteciam, Raimundo Nonato Machado, de camisa preta e short vermelho, também aparece nas imagens, impedindo que outras pessoas interfiram na briga. Ele fica em torno das duas mulheres no chão, sem mostrar intenção de apartar a agressão.
Em dado momento, uma mulher, de camisa amarela, pede ajuda para apartar a briga. É nessa hora que o advogado Ygor Colares, de camisa vermelha escura, que era patrão da babá, se aproxima para tentar conter as agressões. Ele é recebido com socos pelo marido de Jussana.
Raimundo Nonato, que estava armado no momento da briga, entrega a arma para a esposa segurar e começa uma briga contra o Igor. Jussana aponta a arma para o advogado e outras pessoas que estavam em volta, chegando a agredir novamente a babá com uma coronhada. Ela efetua o disparo contra o advogado, atingindo-o de raspão na perna.
O homem se dirige para a guarita do condomínio e a babá se dirige ao 19º Distrito integrado de Polícia (DIP), localizado ao lado do condomínio.
Prisão
Ygor e Claudia registraram Boletim de Ocorrência (BO). Jussana foi flagranteada por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça. Ela será encaminhada à audiência de custódia, marcada para às 14h deste sábado, 19, e ficará à disposição da Justiça.
O investigador foi responsabilizado como coatuor das agressões e responderá, também, em dois Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) por lesão corporal, praticada contra as vítimas. Ele foi liberado após assinar os termos.
Em nota, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informa que o caso foi registrado no 19.º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e foi instaurado um Inquérito Policial (IP) para a apuração dos fatos. “A PC-AM afirma, ainda, que não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores“, respondeu à reportagem.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Amazonas (OAB-AM) afirmou que está acompanhando o caso. A entidade se comprometeu a prestar assistência para “garantir a manutenção da prisão preventiva devido à alta periculosidade do ato cometido”. Além disso, afirmou que vai solicitar que o policial civil seja proibido de portar arma de fogo e, posteriormente, exonerado.