Etarismo na arte: ABBA realiza show no Brasil provando ‘por A+ABBA’ que música boa não tem idade

O quarteto sueco ABBA é a prova viva de que o tempo não compromete a qualidade de músicas compostas há mais de quatro décadas (Reprodução/Alpha Coders)

20 de março de 2023

21:03

Mencius Melo – Da Agência Amazônia

MANAUS – A banda sueca ABBA realiza show, no Brasil, no dia 30 de abril, no Centro de Convenções Ulysses, em Brasília. O evento acontecerá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e faz parte da agenda do Metrópoles Music. Os ingressos estão à venda no endereço: www.bilheteriadigital.com. O ABBA The Show trará, ao País, integrantes da primeira formação do quarteto que foi febre durante as décadas de 1970 e início dos anos 1980. No set, clássicos que provam “por A+B”, ou seria “por A+ABBA”, que música boa não tem idade.

Para a tributarista Djane Sena, o ABBA é um show imperdível, independente da idade da banda. “O ABBA é aquela banda eterna porque suas músicas são atemporais. São sucessos que eu acompanhei quando criança e um pouco da adolescência. São canções que provam que por mais que esse costume desumano de tachar o que não é ‘do seu tempo’ de ‘velho’, esteja presente em nossa sociedade, o talento prova o contrário”, criticou a profissional.

A tributarista Djane Sena é fã do ABBA. Ela defende que a arte ‘não tem idade’ e tachar de ‘velho’ o que não é de ‘agora’ é preconceito bobo (Reprodução/Arquivo Pessoal)

Djane fez questão de lembrar o recente episódio envolvendo a cantora e pop star Madonna. Ao anunciar sua nova turnê mundial, Madonna foi atacada nas redes sociais. Postagens agressivas criticavam a artista, que tem mais de 60 anos, de estar velha para esse tipo de iniciativa. “A Madonna recebeu ataques desnecessários e teve que dar uma entrevista rebatendo esse etarismo violento”, relembrou. “Engraçado é que o ator Sean Connory morreu com mais de 90 anos e muitos ainda se derretiam por ele”, comparou. Questionada se vai ao show do ABBA, Djane respondeu: “Já estou lá!”, afirmou com humor.

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Clássicos das discotecas

Criada em Estocolmo, na Suécia, no ano de 1972, o ABBA teve como integrantes Agnetha Fältskog, Björn Ulvaeus, Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad. Entre as grandes canções do ABBA, algumas não podem faltar, de modo algum, no set list do espetáculo. Entre elas: “Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)”, “Money Money Money”, “Fernando”, “Take A Chance On Me”, “The Winner Takes It All” e o maior e mais longevo hit da banda: “Dancing Queen”.

Com a presença de integrantes originais do ABBA, o show, em Brasília, promete ser um dos mais concorridos do ano na capital federal (Reprodução/Internet)

Oficialmente encerrada em 1982, o ABBA passou por um ostracismo de meados dos anos 1980 até os anos 1990. Em 1992, o duo britânico Erasure lançou um trabalho com versões de músicas do ABBA. Em 1994, dois filmes de enorme sucesso: “Priscila – Rainha do Deserto” e “O Casamento de Muriel” apresentaram canções do ABBA e, assim, novas gerações passaram a conhecer o quarteto. Mas, foi em 2008 que o ABBA demostrou a potência de sua produção. O musical “Mamma Mia!” virou filme, em Hollywood, com Meryl Streep no papel principal. Um enorme sucesso mundial.