Falsas investidoras aplicam golpe milionário em idosa no Mato Grosso

Idosa mexe no aparelho celular (Divulgação)

15 de junho de 2024

10:06

Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) — Uma idosa moradora de Cuiabá, de 80 anos, foi vítima de um golpe milionário após fazer várias transferências bancárias para duas falsas investidoras. As investigações apontam que as suspeitas teriam usado o dinheiro para fazer apostas online e perdido a maior parte do valor. As duas mulheres envolvidas no esquema foram alvo de busca e apreensão da Polícia Civil, nesta sexta-feira, 14, no âmbito da Operação Fake Money. A ação policial ocorreu no município de Umuarama, no Paraná.

O caso foi denunciado pelo filho da idosa em março deste ano à Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Mato Grosso, que deu início às investigações. O golpe teria começado em dezembro de 2022. Segundo a investigação, a idosa fez várias transferências para as golpistas, que afirmavam estar fazendo investimentos de alta lucratividade. No entanto, a apuração da Polícia Civil aponta que o dinheiro era usado para apostas em casas de jogos virtuais. Ao todo, a vítima desembolsou mais de R$ 1 milhão.

Material apreendido com faltas investidoras (Reprodução/PJC-MT)

Devido à idade avançada, a idosa acreditava que estava fazendo investimentos, embora não tivesse retorno financeiro ao longo de quase dois anos. Durante as buscas realizadas nesta sexta, os policias civis apreenderam cartões, celulares, computadores e um carro.

Segundo o delegado Marcelo Martins Torhacs, responsável pela condução das investigações, as provas coletadas apresentam evidências da prática crime. Também foi verificado que as falsas investidoras teriam perdido quase todo o dinheiro da vítima em apostas online e em investimentos em cripto moedas. Os investigadores informaram que as investigações continuam para analisar os materiais apreendidos na operação, para identificar outras possíveis vítimas.

A dupla é investigada pelo crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. A lei vigente diz que “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento” poderá ser condenado de um a cinco anos de reclusão e pagamento de multa. Nos casos envolvendo idosos, a lei permite que as penas sejam duplicadas.

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Editado por Jadson Lima