Família de paciente internada há 1 ano com sequelas da Covid pede ajuda para continuar tratamento em casa

Eva Rodrigues está internada há 1 ano com sequelas da Covid-19, marido luta pela recuperação. (Arquivo pessoal)

03 de fevereiro de 2022

09:02

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Eva Rodrigues foi diagnosticada com Covid-19 em janeiro do ano passado, quando ainda estava grávida de seu terceiro filho, o pequeno Ethan. Na época, ela precisou passar por parto cesariano antes de ser entubada.

Sol Petrus e Eva Rodrigues. (Arquivo pessoal)

Após pouco mais de 1 ano, Eva saiu da UTI nessa quarta-feira, 2, e foi transferida para o apartamento do hospital. Esse é o primeiro teste que ela precisará passar para então ser transferida para casa, onde Sol Petrus, marido de Eva, construiu um quarto adaptado com ajuda de vaquinhas online. 

“A Eva vai para o quarto adaptado que reformamos no meio do ano passado com a ajuda das vaquinhas on-line, os equipamentos essenciais para a manutenção dela em casa também já foram adquiridos, portanto nosso foco neste momento é com relação ao auxílio profissional técnico”, diz o marido. 

Ajuda

Eva foi incluída no programa “Melhor em Casa”, do Governo Federal, que vai disponibilizar insumos como a alimentação enteral, luvas, sondas de alimentação, visita médica periódica do programa com fisioterapeutas e fonoaudiólogos pelo menos uma vez por semana. O que a família precisa agora é de técnicos de enfermagem que fiquem 24h, uma condição para que o homecare seja autorizado. Para isso, Petrus continua precisando da ajuda para custear o pagamento desses cuidadores.

Mesmo com esse novo obstáculo, ele fala com alegria sobre o avanço na recuperação da esposa. “Se tudo der certo, em menos de uma semana ela já estará em casa. Eu gostaria de agradecer a todos que tem nos acompanhado desde o início da nossa luta, seja com palavras, orações, auxílio financeiro e qualquer outra forma de suporte”, afirma.

“Estamos em um momento decisivo e muito esperado do processo de recuperação da Eva, mas vamos conduzi-lo com muita cautela e agora mais do que nunca vamos precisar contar com todo o suporte disponível”, relata Petrus.

Vaquinha busca arrecadar quantia para custear tratamento. (Divulgação)

Sequelas

Eva possui algumas sequelas neurológicas que impulsionam contrações involuntárias controladas com medicação, outras sequelas motoras que podem ser corrigidas com fisioterapia, insuficiência respiratória. Ela está com a sonda gástrica de alimentação, ou seja, sua alimentação é feita pela sonda que está acoplada no estômago e por consequência a insuficiência da deglutição, que poderá ser revertido com exercícios fonoaudiológicos e estímulos neurológicos. Ela perdeu a movimentação nos membros inferiores, mas já passou por testes e mostrou que ainda possui reflexos, o que garante a recuperação com fisioterapia.

De acordo com a família, a decisão da retirada de Eva da UTI partiu da médica que a acompanha desde a internação, ela estimulou principalmente por considerar Eva uma paciente estável. Mas apesar da evolução no quadro de saúde, o que ainda barra o avanço significativo é o fator psicológico. Petrus conta que Eva acabou desenvolvendo depressão por conta da internação prolongada. “Um dos pontos que impede a evolução da Eva é o fator psicológico. Segundo a médica, a ida para casa sempre é um fator primordial para romper a depressão em pacientes nas condições dela.”

Além dos medicamentos para a recuperação física, Eva tem feito uso de antidepressivos, em uma tentativa de diminuir os impactos negativos que a doença, as sequelas e todo esse tempo internada ocasionaram.

Doações podem ser realizadas através do pix ou da vakinha online:

PIX: [email protected]

Sol Petrus da Silva Praia Walkey

Instagram: @solpraia