26 de setembro de 2023

17:09

Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – O governo do Amazonas e o governo federal vão criar uma força-tarefa para levar ajuda humanitária aos municípios afetados pela seca no Amazonas. A informação foi confirmada pelo governador do Estado, Wilson Lima, nesta terça-feira, 26, após reunião com ministros em Brasília (DF).

Nas redes sociais, o mandatário publicou um vídeo ao lado do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a ministra do Meio Ambiente , Marina Silva, que também participaram das discussões. O encontro também discutiu o problema das queimadas no Amazonas.

“Reunimos para tratar da necessidade de levar ajuda humanitária para as pessoas que estão mais isoladas, mais distantes e que precisam de cestas básicas, água potável e outras ações, tanto do Estado quanto das prefeituras e do governo federal (…) Vamos criar uma força-tarefa, em parceria com o governo federal”, disse Wilson Lima.

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Entre as ações previstas para a força-tarefa em auxílio ao Estado e prefeituras das cidades mais afetadas estão, ainda, o apoio logístico, acesso a programas sociais federais e liberação de emendas parlamentares.

Integração

O ministro Waldez Góes afirmou que a mobilização entre governos vai envolver uma série de ministérios. De acordo com ele, além de ações imediatas, as medidas também vão definir políticas de médio e longo prazo.

“Estamos autorizados, pelo presidente Lula, a formarmos essa força-tarefa que, na transversalidade, envovolve dezenas de ministérios, para que, prioritariamente, possamos contribuir que o alimento, o remédio e a água chegue nos mais diversos municípios do Amazonas, mas para que também possar trabalhar políticas mais estruturantes”, destacou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional.

Queimadas

O Ministério do Meio Ambiente garantiu que vai intensificar o combate aos incêndios e reforçar o trabalho de bombeiros militares e brigadistas que já atuam no Estado, em especial na região do Sul do Amazonas, onde ocorrências de queimadas são mais registradas.

“Nós temos uma situação que está sendo potencializada. Nós temos o fenômeno do El Niño e a mudança do clima, que é provocada pela emissão de CO². No Brasil, a maior quantidade de emissão vem do desmatamento. Então, trabalhar contra as queimadas e o desmatamento é ajudar que essas secas não continuem”, ressaltou Marina Silva.

Desabastecimento

Cerca de 500 mil pessoas podem ficar, até o final de outubro, com escassez de água e comida devido à seca dos rios do Amazonas. Isso porque, pelo menos 95% dos municípios do Estado, que tem a navegação fluvial como principal meio de transporte, já são afetados em algum grau por uma das estiagens mais severas da região.

Das 62 cidades, 14 estão em situação de emergência, de acordo com a Defesa Civil. A região compreende as calhas do Juruá, Médio e Alto Solimões, que somam mais de 413 mil habitantes. O órgão também monitora 15 municípios em situação de alerta e 30 em atenção. Apenas três estão dentro da normalidade.

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Editado por Jefferson Ramos