14 de setembro de 2023
13:09
Ívina Garcia – Da Agência Amazônia
MANAUS (AM) – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), destacou a necessidade de investimentos em tecnologia e monitoramento por parte do Governo Federal, na proteção das fronteiras e dos povos originários da Amazônia, pois o corpo efetivo policial do país não seria suficiente para a proteção de fronteiras.
A declaração foi dada durante entrega de lanchas blindadas para fortalecimento de ações de patrulhamento nos rios do Estado nesta quinta-feira, 14. A ação faz parte do pacote de fortificação da Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) no combate ostensivo ao tráfico de drogas, biopirataria e invasão de terras indígenas. As lanchas foram adquiridas graças a emenda parlamentar do senador Omar Aziz (PSD).
“A gente precisa ter o apoio de tecnologia, inteligência, internet e comunicação, para a gente poder fazer vigilância de satélite e avançar no combate tanto do tráfico de drogas como a biopirataria e a invasão também dessas terras indígenas. A gente precisa desse suporte principalmente porque é importante destacar que não existe efetivo nenhum no Brasil que consiga dar conta das fronteiras“, disse o governador.
Segundo Wilson Lima, a questão fronteiriça é complexa e precisa receber maior atenção do governo federal, uma vez que o patrulhamento estadual é impedido de atuar em áreas que fazem parte de território de responsabilidade da União.
“Temos aproximadamente quatro mil quilômetros de fronteira e a gente sabe que essa proteção é de responsabilidade do Governo Federal, mas a gente acaba também tendo um impacto porque essa violência também chega aos municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte, de Benjamin Constant e dos municípios que estão no entorno da fronteira“, destacou.
A reportagem questionou o governador a respeito do tratado assinado em fevereiro pelo governo estadual e representantes do governo federal, garantindo atuar na proteção dos povos indígenas do Vale do Javari.
“Damos suporte naquilo que está dentro da nossa capacidade, mas o Estado do Amazonas não consegue fazer isso sozinho, principalmente na proteção dos indígenas que acabam sendo aliciados, seja pelo tráfico de drogas, seja por madeireiros, por garimpeiros. E esse é um trabalho feito em conjunto com o Governo Federal, Fundação Nacional dos Povos Indígenas e com o Ministério dos Povos Originários“, destacou.