10 de julho de 2023
14:07
Ívina Garcia – Da Agência Amazônia
MANAUS (AM) – O Governo do Amazonas anunciou nesta segunda-feira, 10, que irá intensificar as ações para conter focos de incêndio no Sul do Estado como prevenção ao período da estiagem (seca), que costuma acender alertas para o desmatamento.
A ação integra as forças de segurança do Estado e dos nove municípios localizados no “Arco do Desmatamento”, principalmente nos municípios de Apuí e Humaitá, onde a “Operação Tamoiotatá” acontece desde março.
Além da presença da Força Nacional, autorizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública a atuar no local desde a última quarta-feira, 5, o Estado conta com a presença de bombeiros militares, agentes de Defesa Civil, brigadistas e bombeiros municipais, totalizando mais de 70 bombeiros e dez viaturas enviadas ao local.
“Desde março, estamos na região conhecida como Arco do Desmatamento, onde ficaremos até novembro, quando entramos no inverno amazônico e as queimadas tendem a diminuir”, explica o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Amazonas, sargento Orleilson Muniz.
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O Amazonas fechou o primeiro semestre de 2023 com redução de 55% na quantidade de alertas de desmatamento, segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). De janeiro a junho deste ano, foram registrados 553,41 quilômetros quadrados (km²) de alertas, em comparação com os 1.235,98 km² registrados no mesmo período de 2022.
A ação integrada no Sul do Amazonas contribui ainda mais para conter as chamas durante o período seco. “Em relação aos brigadistas, o governo do Estado conseguiu obter recursos para apoiar os nove municípios do Sul do Estado. Dezessete brigadistas farão parte da operação na região”, ressaltou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
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Na ocasião, o governador do Estado, Wilson Lima, recebeu o chefe do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), Randy Moore, para tratar sobre investimentos norte-americanos para o Fundo Amazônia. Segundo Lima, ainda não há valores acertados, mas a presença do chefe é importante para assegurar investimentos e conhecer as dificuldades da região.
“Houve uma reunião entre o presidente Biden e o presidente Lula, mas ainda não temos valores. Mas isso é uma possibilidade de ampliar parcerias e cooperações para entender experiências e o que já foi feito em outras áreas de florestas para adotarmos isso aqui”, pontuou o governador do Estado.