Justiça mantém prisão de prefeito acusado de desviar R$ 29 mi no interior do AM

O prefeito de Borba, Simão Peixoto (Reprodução)

29 de maio de 2023

20:05

Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – O juiz de Direito plantonista Alcides Carvalho Vieira Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), concluiu que os ritos legais necessários à prisão do prefeito de Borba (a 327 quilômetros de Manaus), Simão Peixoto (PP), foram cumpridos. Sendo assim, o chefe do Executivo do município será encaminhado a uma unidade prisional na capital do Estado.

Após seis dias foragido, Peixoto e a esposa Aldine Mirella se entregaram na sede do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), na avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste. Ele foi encaminhado à sede do Instituto Médico Legal (IML), onde fez corpo de delito e, em seguida, seguiu para o Fórum Henoch Reis, onde passou por audiência de custódia.

Leia mais: Após seis dias foragido, prefeito de Borba, no AM, se entrega à polícia

“Em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira, 29, o juiz de Direito plantonista das Audiências de Custódia analisou que foram atendidas as formalidades legais necessárias no cumprimento do mandado de prisão contra o custodiado Simão Peixoto Lima”, diz a nota enviada pela assessoria do TJAM, no início desta noite.

Simão Peixoto ao passar por corpo de delito no IML, nesta segunda-feira, 29 (Reprodução/Redes Sociais)

Alvo de operação

No último dia 23, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), deflagrou operação para cumprir o mandado de prisão preventiva de Simão Peixoto, acusado de chefiar uma organização criminosa que desviou R$ 29 milhões em fraudes de licitações.

Leia mais: Gaeco deflagra operação contra ‘prefeito do UFC’ no Amazonas por fraude em licitações

A operação também mirava outras dez pessoas ligadas ao prefeito, inclusive, familiares e servidores do Executivo de Borba. Os envolvidos são investigados, ainda, por associação criminosa e lavagem de dinheiro, além de corrupção ativa e passiva realizadas no âmbito da prefeitura.

A REVISTA CENARIUM entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-AM), a fim de saber para qual unidade prisional o prefeito seria encaminhado. Entretanto, até o fechamento deste material ainda não havia obtido resposta.