16 de abril de 2023

15:04

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia

MANAUS – O tenente do Exército Brasileiro Yan Danrlei Ferreira Rozendo, 28 anos, preso em flagrante por causar um acidente que matou uma jovem de 18 anos e deixou um motorista de aplicativo hospitalizado, em Manaus, foi solto nesse sábado, 15, após pagar R$ 7 mil de fiança. O acidente ocorreu no cruzamento entre a Rua Ramos Ferreira e Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus, na noite de sexta-feira, 14.

Yan Danrlei conduzia um carro modelo BMW (considerado de luxo) e o motorista de aplicativo Ediney Franklin Silva, 33 anos, dirigia um veículo modelo Ford Ka, com Fernanda Rodrigues Pinheiro, 18 anos, como passageira. Segundo testemunhas, o militar do Exército avançou o sinal vermelho e atingiu o outro veículo. As vítimas foram arremessadas para fora do carro. Fernanda morreu no local e Ediney foi conduzido ao Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio, na zona Leste da capital amazonense.

O militar ficou proibido de sair do Estado sem autorização da Justiça, além de ser obrigado a comparecer em juízo todo mês para relatar atividades realizadas e não poder se aproximar ou manter contato com a vítima sobrevivente e testemunhas. A liberdade provisória após o pagamento de fiança foi determinada pelo juiz Fábio César Olintho de Souza.

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Sem embriaguez

Após o acidente, Yan Danrlei foi conduzido ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus, onde realizou um teste de alcoolemia cujo resultado foi de 00,0 mg/l, atestando que não estava embriagado. A autoridade policial arbitrou, inicialmente, fiança no valor de R$ 20 mil, mas o motorista afirmou que não tinha condições financeiras de arcar com o valor. Na audiência de custódia, o valor foi reduzido para R$ 7 mil.

Yan Danrlei foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Nos autos do processo aos quais a AGÊNCIA AMAZÔNIA teve acesso, para justificar o pedido de liberdade provisória, a defesa do militar argumentou que ele é réu primário e não tem maus antecedentes, além de, em caso de que fosse solto, não apresentava riscos para a ordem pública. A estabilidade do emprego no Exército Brasileiro também foi um argumento usado pela defesa.

“O flagranteado se solto não incorre em prejuízo algum para a ordem pública, a própria segurança social (garantia da ordem pública e econômica) não será afetada, visto que não se trata de pessoa voltada ao crime, sendo primário e de bons antecedentes — insisto neste ponto”, alegou.

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