27 de fevereiro de 2023
22:02
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Agentes da Defesa Civil estão monitorando a elevação das águas do Rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia. A situação é de alerta desde que o rio atingiu a cota de atenção, que é de 14 metros, na última sexta-feira, 24. Já nesta segunda, 27, o órgão afirmou que a tendência é de que o rio continue subindo.
No momento, a Defesa Civil observa regiões mais afetadas com a cheia, como as comunidades ribeirinhas e bairros da região central da cidade. Segundo a pasta, a conta de atenção indica a “possibilidade moderada” de ocorrência de inundação.
Oscilação
Apesar da indicação de que o rio deve continuar subindo, o nível recuou na manhã desta segunda-feira. O Madeira, que havia chegado aos 14,11 metros, na última sexta, marcou 13,62 metros no início desta semana. Oscilação normal, segundo a Defesa Civil, que aponta o “inverno amazônico” como justificativa, época em que as chuvas são mais intensas na cabeceira do Rio Madeira.
Mesmo assim, o órgão assegura que o rio pode chegar aos 15 metros ou algo próximo disso. A Defesa Civil explica que, se o Madeira atingir esse nível, entra em cota de alerta, e que começa a transbordar após ultrapassar 17 metros.
Chuvas intensas
O que pode contribuir para a elevação do Rio Madeira, em Porto Velho, é a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de chuvas intensas para cidades do norte e do leste de Rondônia, o que inclui a capital, cidades próximas e o interior.
O Inmet emitiu alerta laranja e, por isso, são esperadas chuvas com volumes de 30 a 60 milímetros, por hora, e de 50 a 100 milímetros por dia. O Instituto também prevê a ocorrência de raios, ventos fortes, queda de galhos e de árvores, além do risco de corte de energia elétrica.
Cheias históricas
O Rio Madeira é conhecido por duas grandes cheias, em Rondônia. A mais preocupante foi em 2014, quando o nível das águas ultrapassou 19 metros, afetando milhares de pessoas e municípios banhados por afluentes do Madeira, como a cidade de Costa Marques, que precisou ceder espaços públicos para alojar moradores de um vilarejo boliviano, às margens do Rio Guaporé, que ficou submerso. A cidade faz fronteira com a Bolívia.
Já em 2007, o Rio Madeira marcou 17,52 metros, e cerca de 1,6 mil famílias foram afetadas, na capital de Rondônia.