No AM, educadores protestam por reposição salarial; governador diz que está aberto a diálogo
05 de abril de 2023
20:04
Ana Pastana – Da Revista Cenarium*
MANAUS – Professores da rede estadual de ensino do Amazonas fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira, 5, na frente da Sede do Governo do Estado, na Zona Oeste de Manaus, para reivindicar a reposição da data-base salarial, que é paga todo dia 1° de março de cada ano, e melhorias nas condições de trabalho, pautas que, segundo os educadores, foram apresentadas no último dia 8 de março à Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM).
Questionado sobre a reivindicação dos professores em coletiva à imprensa, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União) informou que está aberto ao diálogo. “O Estado do Amazonas está disposto a conversar, como a gente sempre fez com todas as categorias, entendendo os caminhos que são legais para que, efetivamente, isso aconteça. (…) Nós somos o governo do diálogo e não aceitamos pressão”, declarou Lima.
O governador do Amazonas admitiu que o momento é complexo para a concessão de reajuste salarial aos educadores, com base no cenário econômico nacional. “O Brasil passa por uma situação difícil, a gente ainda não tem notícias de Estados dando a data-base, dando aumento para servidores, mas somos um governo de sentar para conversar”, reiterou.
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Sinteam
Em Manaus, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou, por meio de nota, que busca uma negociação há mais de 30 dias. “Nós estamos pedindo a reabertura do diálogo e uma contraproposta do governo para darmos prosseguimento à negociação. Já estamos com quase um mês de espera e precisamos avançar”, apontou a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Os sindicalistas declararam que estão em paralisação e que a suspensão de trabalho continuará pelos turnos da tarde e noite desta quinta-feira. “A categoria vai voltar a se reunir em frente à sede do Governo e tentará uma reunião com algum representante do executivo estadual”, informou o Sinteam em nota.
Ainda segundo o Sinteam, os trabalhadores em Educação estão com as datas-bases de 2022 e 2023 atrasadas e reivindicam 25% de reajuste salarial, pagamento das progressões por titularidade e tempo de serviço, reajuste no vale-alimentação e no auxílio-localidade, manutenção do plano de saúde, dentre outras pautas.