17 de fevereiro de 2023

13:02

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia

MANAUS – Os números de novos casos e internações por Covid-19, no Amazonas, dispararam na última semana. No último domingo, 12, ambos estavam em 87 e 30, respectivamente. Nesta sexta-feira, 17, chegaram a 333 e 81, segundo o “Painel Covid-19 no Amazonas“, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Os dados foram atualizados hoje e coincidem com o período carnavalesco na cidade.

Mesmo com os mais de 300 novos casos, não houve registro de óbitos pela doença nas últimas 24h. Quanto às internações, dos que estão em UTI, são 11,1% em leitos de UTI Covid e 73,0% na UTI Geral. Dos que estão em leitos clínicos, são 30,9% em leitos clínicos Covid e 71,3% em leitos clínicos gerais.

O período oficial do Carnaval, na capital amazonense, iniciou em 11 de fevereiro e vai até 25 de março. O epidemiologista da Fiocruz/Amazônia alerta que houve um súbito aumento no número de internações e que não é o momento para “afrouxar” o uso de máscara. Ele lembra, ainda, que metade da população do Estado está com esquema vacinal em atraso.

“Embora pareça notícia de 2020, 2021 ou de 2022, o Amazonas está experimentando um súbito aumento no número de pacientes internados com Covid-19. Os dados são do defasado Boletim Diário de 15-Fev-2023 da FVS-RCP e indicam que há cerca de 100 pacientes internados com Covid-19 no Estado. Em outras palavras, em menos de 15 dias saltamos de 13 para cerca de 100 pacientes internados com Covid-19 no Estado”, analisou ele.

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Vacinação

O vacinômetro da Covid-19 da FVS-RCP aponta que apenas 24,4% da população contemplada (3.965.424 de habitantes) está com a cobertura de esquema vacinal completa, com a 2ª dose de reforço. “A situação é preocupante, pois mais da metade da população do Estado encontra-se com esquema vacinal em atraso para a primeira dose de reforço, por exemplo”, declarou Orellana.

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Recomendações

O epidemiologista explica, também, quais os cuidados que devem ser tomados contra a Covid-19, como uso de máscara em ambientes fechados e com aglomeração, manutenção do distanciamento social, higienização das mãos e atualização do esquema vacinal. Ele alerta, por fim, que o período pede que a população tenha mais cuidados com a disseminação da doença.

“Definitivamente, o cenário é desfavorável, pois o pico do período chuvoso, o massivo retorno escolar, a esperada subnotificação de casos, resultante de uma vigilância epidemiológica e laboratorial incrivelmente ineficaz e a proximidade do Carnaval, com toda a aglomeração que naturalmente a festa provoca, devem contribuir à elevação ainda maior de casos positivos, e o consequente aumento de internações e possíveis óbitos evitáveis“, acrescenta.