Perito analisa material genético encontrado na lancha de suspeito preso no caso dos desaparecidos no Vale do Javari

O suspeito Amarildo da Costa de Oliveira foi preso em flagrante por portar munição de uso restrito (Foto: Reprodução O Globo)

09 de junho de 2022

13:06

Omar Gusmão – Da Revista Cenarium

MANAUS — O Comitê de Crise, coordenado pela Polícia Federal (PF) do Amazonas para investigar o caso do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, informou, por meio de nota, na manhã desta quinta-feira, 9, que um perito está realizando o levantamento de um possível material genético encontrado na lancha apreendida com o suspeito Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”, de 41 anos.

Amarildo foi preso, em flagrante, na terça-feira, 9, por posse de munição de uso restrito. A própria Polícia Federal, em coletiva de imprensa realizada na tarde de quarta-feira, 8, informou que até então não havia indícios que ligassem o suspeito ao desaparecimento.

A perícia do que está sendo classificado até agora como possível material genético está sendo feita por um profissional do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), coordenado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), junto ao Departamento de Polícia do Interior (DPI), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).

Perito usa luminol

De acordo com DPTC, o perito está fazendo o uso de luminol, com o qual as equipes investigam a
possibilidade da existência de vestígios de amostra biológica e digitais deixadas na lancha, tanto pelo suspeito quanto pelos tripulantes ou qualquer pessoa que, porventura, tenha passado pela embarcação.

O Comitê de Crise informa, ainda, que o resultado das diligências, incluindo a perícia, será divulgado oportunamente.

Suspeito perigoso

Muito embora a última declaração oficial da Polícia Federal seja a de que ainda não há indícios que levem a crer que o suspeito esteja envolvido no desaparecimento da dupla, há relatos de uma testemunha considerada chave afirmando que viu Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, carregar uma espingarda e fazer um cinto de munições e cartuchos pouco depois que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips deixaram a Comunidade São Rafael com destino a Atalaia do Norte, na manhã do último domingo, 5.