Pesquisadora do Museu Emílio Goeldi participa de plenária no Diálogos Amazônicos

Ima Vieira participará de plenária no Diálogos Amazônicos, no próximo domingo, 6, em Belém (Divulgação/Museu Emílio Goeldi)

03 de agosto de 2023

21:08

Daleth Oliveira – Agência Amazônia*

BELÉM (PA) – Ima Vieira, ecóloga paraense e pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, participará da plenária no Diálogos Amazônicos, neste domingo, 6, em Belém (PA), falando sobre a importância de políticas públicas para acabar com o desmatamento e fortalecer as bioeconomias na região. No evento, que ocorre entre os dias 4 e 6, serão realizadas uma série de atividades e discussões organizadas pelo governo federal e por entidades da sociedade civil. Ao final, serão produzidos documentos que serão entregues aos chefes de Estado que estarão presentes na Cúpula da Amazônia nos dias 8 e 9.

Para Ima Vieira é necessário que os eventos resultem em uma agenda de apoio às instituições científicas estabelecidas na Amazônia. “Minha expectativa é que, a partir desse importante evento, as instituições e o capital humano da região saiam fortalecidos e suas propostas sejam consideradas pelos presidentes dos países pan-amazônicos“, destacou a pesquisadora.

A cientista será uma das participantes da plenária “Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional” marcada para o próximo domingo, 6, das 9h às 12h. Ima Vieira é uma referência internacional na pesquisa em biodiversidade amazônica, com doutorado em ecologia pela Universidade de Stirling, no Reino Unido. Seus estudos incluem a análise das mudanças nas florestas amazônicas, abrangendo o ponto de vista de povos indígenas e populações tradicionais.

Museu Emílio Goeldi

A pesquisadora enaltece a relevância do Museu Emílio Goeldi, uma instituição com 157 anos de história na coleta de elementos da história natural e humana, localizada no Pará, que tem contribuído com os saberes da Amazônia. “A instituição faz parte da história nacional de ciência e tecnologia e se tornou um dos mais importantes museus brasileiros“, afirmou Ima.

O trabalho de campo da entidade abraça as demandas de povos indígenas e comunidades, tornando o museu um instrumento de diálogo e transformação social. “Eu olho para o Museu Goeldi e vejo uma potência singular de capacidade de produção e comunicação do conhecimento científico já enraizada na região“, concluiu.