‘Rabeta Literária’ arrecada livros para doar às crianças da Comunidade Novo Horizonte, em Manaus
22 de março de 2022
20:03
Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium
MANAUS – O projeto “Rabeta Literária” está recebendo doações de livros lúdicos, quadrinhos, romances, contos e gibis para doar às crianças da Comunidade Novo Horizonte, localizada no bairro Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus, durante uma ação literária que acontece neste sábado, 26.
O projeto surgiu em 2017, no município de Tefé – distante 521km de Manaus -, mas segundo a fundadora Cineuda Bessa, a vontade sempre foi trazer para a capital. “Manaus é uma cidade grande e tudo longe. Ontem, recebi o convite para ir a uma comunidade nesse próximo sábado e fiz a divulgação no Instagram para arrecadar livros”, declara a fundadora à REVISTA CENARIUM.
Bessa destaca que um dos intuitos do projeto é “movimentar os livros que temos em casa, guardados, e fazer a doação para levar onde tem mais dificuldade”. Quem quiser fazer doações pode entrar em contato pelo Instagram (@cineudabessa).
O projeto
Segundo Cineuda, o projeto começou em Tefé, apenas como uma ‘brincadeirinha’, em 2017; mas foi em 2019, após a ajuda de uma amiga, que a ação ganhou forma sendo batizada de “Literatura nos Rios”.
“Eu trabalhava na biblioteca da cidade e vendo que os jovens não procuravam por ela, eu fui duas ou três vezes nas comunidades deixar livros didáticos, nas escolas, e a partir daí me veio a ideia. ‘Bom, se os jovens da cidade não procuram a biblioteca vou trazê-la para o interior’. Em 2019, uma funcionária da Azul viu e quis me ajudar, mas me pediu o projeto escrito e eu nem tinha, nem nome e muito menos algo escrito, mas fiz um com 15 linhas, mais ou menos, e criei o nome ‘Literatura nos Rios’ e foi dando certo”, conta a bibliotecária.
Até então, as ações eram realizadas apenas nas comunidades ribeirinhas próximas à Tefé, onde Bessa levava os livros, fazia roda de leitura com as crianças, troca de livros e brincadeiras didáticas. “Separei alguns livros e fui em uma comunidade próxima, e as crianças e adolescentes amaram, afinal, eram livros diferentes, ricos, com desenhos ilustrativos. Arrisquei ir na segunda, deu certo também. Daí, tivemos a ideia de mudar o nome para ‘Rabeta Literária’, pelo fato do nosso transporte ser a Rabeta”, relembra
Em 2020, o projeto foi inscrito no edital do Prêmio Feliciano Lana, da Lei Aldir Blanc e foi contemplado em segundo lugar.
*Colaborou Ana Carolina Beauvoir