08 de outubro de 2020
13:10
Luciana Bezerra — Da Revista Cenarium
MANAUS — A modelo indígena e paraense Emilly Nunes, de 21 anos, que vendia chip de celular nas ruas de Belém, no Pará, até fevereiro deste ano, para auxiliar na renda da família, se tornou a nova face do mundo da moda internacional. A bela estrela a capa da edição de outubro da revista Vogue Portugal.
A sessão de fotos para a capa da Vogue internacional aconteceu no bairro de Pinheiros, em setembro passado, em São Paulo, já que Portugal continua com as fronteiras fechadas para visitantes de diversos países, entre eles o Brasil.
Descoberta pelo Instagram, a beldade já fotografou em pouco tempo de carreira, para grifes poderosas, como Lenny Niemeyer, Animale, Lolita, Giuliana Romanno, Carlota Costa, Natura, entre outras. Em junho passado, a modelo havia sido capa da Vogue Brasil.
A modelo de origem indígena e beleza exótica é agenciada pela Way Model, uma das maiores agências de modelos do Brasil, responsável por gerenciar a carreira de beldades consagradas internacionalmente como Alessandra Ambrósio, Carol Trentini, Sasha Meneghel, entre outras.
Origem
Nascida na capital do Pará e criada na Ilha de Marajó, mais precisamente entre os municípios de Soure e Salvaterra, Emilly segue em sua rotina tradições típicas de seus antepassados indígenas, produzindo farinha de mandioca caseira e indo à mata, onde colhia açaí e bacuri, frutas famosas da região.
Filha mais velha de quatro irmãos, Emilly tem total apoio da família por sua escolha de vida. A modelo, que cursou até o primeiro período do curso de administração, está morando em São Paulo desde junho e fala com sua família diariamente.
Em setembro, a REVISTA CENARIUM fez uma entrevista exclusiva com a modelo paraense. Para ler a matéria na íntegra clique aqui.