‘Um dia para recordar a luta por direitos’, afirma especialista sobre ‘Dia do Trabalho’ após ataque à ZFM

Os decretos de redução do IPI em 35% para produtos industrializados e a retirada da alíquota de imposto para concentrados de refrigerante podem ser uma ameaça à estadia das empresas no PIM (Reprodução/Internet)

01 de maio de 2022

15:05

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Dia do Trabalho, celebrado neste 1° de Maio, surgiu após uma revolta dos trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, no ano de 1886. Eles pediam por uma carga horária justa e melhores condições de trabalho. Em um cenário parecido, de descaso e perda de direitos, o Amazonas luta, hoje, pela existência da Zona Franca de Manaus (ZFM).

No Brasil, segundo dados do IBGE, são quase 12 milhões de pessoas desempregadas, e esse número pode aumentar se os decretos desfavoráveis à Zona Franca continuarem tramitando. Publicados pelo presidente Jair Bolsonaro, os decretos de redução do IPI em 35% para produtos industrializados e a retirada da alíquota de imposto para concentrados de refrigerante podem ser uma ameaça à estadia das empresas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Na avaliação do economista Inaldo Seixas, a economia neoliberal culpa o trabalhador pelos problemas econômicos no Brasil, mas ele afirma que as dificuldades começam no acesso aos meios. “Os dois fatores que criam riqueza, no mundo, são o capital, o trabalho e a união desses dois fatores. É preciso ter tanto tecnologia, produtividade e inovação tecnológica ao lado da capital, como ao lado do trabalhador, com formação, educação e cursos superiores. Então, o trabalhador tem que ser tratado com dignidade.

Para ele, o governo não entende a Região Norte. “Vivemos longe do mercado consumidor, precisamos dos incentivos fiscais. O que ele está fazendo é um ataque inumano, um ataque feroz. O polo de concentrados vai perder cerca de 7.500 trabalhadores interiorizados”, explica.

“Hoje [1° de Maio], não é um dia de comemoração para os trabalhadores amazonenses, é um dia de luta, de reivindicar uma mudança de política no governo federal”. Ele ainda afirma que “Bolsonaro é inimigo do trabalhador amazonense”.

Posicionamentos

Nas redes sociais, políticos e defensores da ZFM criticaram as ações do atual presidente. “Com a inflação a níveis extremos, para o trabalhador nunca foi tão difícil colocar comida na mesa e manter as contas em dia”, escreveu o senador pelo Amazonas, Omar Aziz, em publicação.

No texto, Aziz parabeniza os trabalhadores pelo dia, mas não deixa de lembrar os empregos ameaçados. “Para o Amazonas, o Dia do Trabalhador é sob ataque do Governo Bolsonaro e a ameaça de quase 500 mil empregos, entre diretos e indiretos, no Polo Industrial de Manaus. Aproveito para parabenizar todos os trabalhadores do meu Amazonas, do meu Brasil que, independente de todas as dificuldades, se dedicam para que tenhamos um País melhor”, declara o senador.

Postagem de Omar Aziz no Instagram (Reprodução/Instagram)

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, também publicou homenagem ao Dia do Trabalhador. No texto, acompanhado de um vídeo onde uma trabalhadora da Zona Franca de Manaus escreve uma carta pedindo a mudança no decreto, o parlamentar deseja que os amazonenses possam manter seus postos de trabalho.

“Neste dia do Trabalho, só posso desejar que todas as famílias amazonenses possam ter seus empregos e dignidade garantidos!” disse o deputado. No vídeo, Ramos também lembra que não só os trabalhadores de produção podem perder seus empregos, mas as pessoas que estão ligadas ao polo indiretamente.

Postagem de Marcelo Ramos no Instagram (Reprodução/Internet)

Já o deputado federal Zé Ricardo publicou que “nesse 1° de maio, nossa voz possa ser um grito contra a retirada de direitos e a violência aos trabalhadores e trabalhadoras do Amazonas e do Brasil! Viva a Zona Franca de Manaus! Sem ela, nenhuma outra alternativa ao desenvolvimento do Amazonas vinga!”.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, em postagem publicada no Instagram reforçou o compromisso em defender os empregos dos amazonenses e também o de buscar novos investimentos para a criação de novos postos de trabalho. “A geração de emprego e renda é a meta do nosso governo”, escreveu.

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Dia do Trabalho, celebrado neste 1° de Maio, surgiu após uma revolta dos trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, no ano de 1886. Eles pediam por uma carga horária justa e melhores condições de trabalho. Em um cenário parecido, de descaso e perda de direitos, o Amazonas luta, hoje, pela existência da Zona Franca de Manaus (ZFM).

No Brasil, segundo dados do IBGE, são quase 12 milhões de pessoas desempregadas, e esse número pode aumentar se os decretos desfavoráveis à Zona Franca continuarem tramitando. Publicados pelo presidente Jair Bolsonaro, os decretos de redução do IPI em 35% para produtos industrializados e a retirada da alíquota de imposto para concentrados de refrigerante podem ser uma ameaça à estadia das empresas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Na avaliação do economista Inaldo Seixas, a economia neoliberal culpa o trabalhador pelos problemas econômicos no Brasil, mas ele afirma que as dificuldades começam no acesso aos meios. “Os dois fatores que criam riqueza, no mundo, são o capital, o trabalho e a união desses dois fatores. É preciso ter tanto tecnologia, produtividade e inovação tecnológica ao lado da capital, como ao lado do trabalhador, com formação, educação e cursos superiores. Então, o trabalhador tem que ser tratado com dignidade.

Para ele, o governo não entende a Região Norte. “Vivemos longe do mercado consumidor, precisamos dos incentivos fiscais. O que ele está fazendo é um ataque inumano, um ataque feroz. O polo de concentrados vai perder cerca de 7.500 trabalhadores interiorizados”, explica.

“Hoje [1° de Maio], não é um dia de comemoração para os trabalhadores amazonenses, é um dia de luta, de reivindicar uma mudança de política no governo federal”. Ele ainda afirma que “Bolsonaro é inimigo do trabalhador amazonense”.

Posicionamentos

Nas redes sociais, políticos e defensores da ZFM criticaram as ações do atual presidente. “Com a inflação a níveis extremos, para o trabalhador nunca foi tão difícil colocar comida na mesa e manter as contas em dia”, escreveu o senador pelo Amazonas, Omar Aziz, em publicação.

No texto, Aziz parabeniza os trabalhadores pelo dia, mas não deixa de lembrar os empregos ameaçados. “Para o Amazonas, o Dia do Trabalhador é sob ataque do Governo Bolsonaro e a ameaça de quase 500 mil empregos, entre diretos e indiretos, no Polo Industrial de Manaus. Aproveito para parabenizar todos os trabalhadores do meu Amazonas, do meu Brasil que, independente de todas as dificuldades, se dedicam para que tenhamos um País melhor”, declara o senador.

Postagem de Omar Aziz no Instagram (Reprodução/Instagram)

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, também publicou homenagem ao Dia do Trabalhador. No texto, acompanhado de um vídeo onde uma trabalhadora da Zona Franca de Manaus escreve uma carta pedindo a mudança no decreto, o parlamentar deseja que os amazonenses possam manter seus postos de trabalho.

“Neste dia do Trabalho, só posso desejar que todas as famílias amazonenses possam ter seus empregos e dignidade garantidos!” disse o deputado. No vídeo, Ramos também lembra que não só os trabalhadores de produção podem perder seus empregos, mas as pessoas que estão ligadas ao polo indiretamente.

Postagem de Marcelo Ramos no Instagram (Reprodução/Internet)

Já o deputado federal Zé Ricardo publicou que “nesse 1° de maio, nossa voz possa ser um grito contra a retirada de direitos e a violência aos trabalhadores e trabalhadoras do Amazonas e do Brasil! Viva a Zona Franca de Manaus! Sem ela, nenhuma outra alternativa ao desenvolvimento do Amazonas vinga!”.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, em postagem publicada no Instagram reforçou o compromisso em defender os empregos dos amazonenses e também o de buscar novos investimentos para a criação de novos postos de trabalho. “A geração de emprego e renda é a meta do nosso governo”, escreveu.